O Papa Francisco decidiu conceder às mulheres o direito de voto numa próxima reunião de bispos, uma mudança sem precedentes que reflete a sua esperança de dar às mulheres e aos leigos maiores responsabilidades na tomada de decisões na vida da Igreja Católica, noticiou esta quarta-feira a Associated Press.
O Pontífice aprovou alterações às normas que regem o Sínodo dos Bispos, um órgão do Vaticano que reúne os bispos de todo o mundo em reuniões periódicas, na sequência de décadas de exigências das mulheres para terem direito de voto.
No final das reuniões, os bispos votam em propostas específicas e apresentam-nas ao Papa, que elabora um documento tendo em conta as suas opiniões. Até agora, os únicos que podiam votar eram os homens.
De acordo com a mesma fonte, o Vaticano publicou as modificações aprovadas pelo Papa, que sublinham a visão de que os fiéis leigos devem assumir um papel mais importante nos assuntos eclesiásticos, que durante muito tempo foram deixados aos clérigos, bispos e cardeais.
"É uma mudança importante, mas não é uma revolução", disse o Cardeal Jean-Claude Hollerich, um dos principais organizadores do Sínodo.
O próximo Sínodo dos Bispos vai decorrer de 4 a 29 de outubro.
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