Gelson Emanuel Quintas, mais conhecido por “Man Gena”, é um antigo membro do conhecido grupo de rua Homens de Artes (HDA) um grupo de praticantes de artes marciais, criado há mais de 20 anos para "defender" o município das Ingombotas dos demais grupos rivais dos outros municípios de Luanda.
O grupo tem sido muitas vezes citado como “grupo ligado à criminalidade e tráfico de drogas”.
Man Gena teria sido a fonte de acusações de que destacadas entidades da polícia e do Serviço de Investigação Criminal estiveram ou estão envolvidos no tráfico de drogas, algo desmentido pelas autoridades.
As fontes reagiam a um comunicado da UNITA que manifestou “enorme preocupação” pelas denúncias feitas pela cidadã Clemência Suzete Vumi segundo as quais ela, seu esposo e duas crianças menores se encontrarem sob custódia da Polícia da República de Moçambique e, em eminência de serem extraditados compulsivamente para Angola, colocando em risco as suas vidas”.
“A denunciante revela terem se deslocado para aquele país, em busca de protecção política e jurídica, na sequência de perseguições que vêm sofrendo desde que o seu esposo, Gelson Emanuel Quintas, mais conhecido por “Man Gena”, fez denúncias sobre o suposto envolvimento de altas figuras da Polícia Nacional e dos Serviços de Investigação Criminal no narcotráfico”, disse o comunicado da UNITA.
A fonte disse ainda que não há qualquer processo de extradição contra o cidadão angolano que se encontra em Moçambique e que para haver um processo de extradição são necessárias diligências administrativas e diplomáticas culminando com uma decisão do tribunal daquele país, o que nunca foi feito.
Mas, disseram as fontes, Moçambique é livre de deportar o cidadão em causa por alegadamente se encontrar em situação de imigração ilegal naquele país.
A esposa de Man Gena disse num áudio nas redes sociais terem recebido ameaças.
A UNITA diz já ter efetuado contactos com autoridades em Moçambique, entre elas, deputados, organizações dos direitos humanos bem como o Alto Comissariado das Nações Unidas em Moçambique, entre outras, no sentido de seguirem os desenvolvimentos da situação em que se encontra a família em causa, apelando o cumprimento das normas internacionais neste processo.
Não houve até agora qualquer reacção por parte de Moçambique.
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