O vencedor da Eurovisão deu uma entrevista ao jornal 'El Mundo', no âmbito de uma digressão que está a fazer por vários países, entre eles Espanha. Nela, Salvador Sobral, de 33 anos, diz que goza atualmente de uma fama "ideal", que lhe permite encher salas de concertos mas, ao mesmo tempo, não ser reconhecido na rua.
Questionado sobre loucuras dos fãs, o cantor revelou que alguém fez uma tatuagem com a sua caligrafia, mas o mais perturbador foi quando se sentiu perseguido: "Houve uma mulher que me seguia para todo o lado e quis dar-me uma toalha que dizia pertencer a Ringo Starr. E eu já era casado e tudo".
No que toca a 'drogas, sexo e rock n'roll', Salvador Sobral confessou que nunca teve oportunidade de viver essa fase, devido ao seu problema de saúde (sofria de insuficiência cardíaca que o obrigou a submeter-se a um transplante de coração em 2017). "Nunca experimentei essa parte por causa da minha doença. Não posso cantar se consumir drogas ou beber álcool. Ficaria paranóico. A doença tramou-me com todos aqueles medicamentos. E quanto ao sexo, também não", contou, acrescentando: "Tive um tempo louco antes de ser famoso. Lá aproveitei minha voz para seduzir mulheres. Mas foi por pouco tempo".
O cantor revelou ainda que vive "mais intensamente" com o coração novo, e que por vezes sente que não é a mesma pessoa: "Não me reconheço quando vejo as fotos do pré-operatório. É estranho". Salvador Sobral admitiu que sofria muito quando "disseram que estava prestes a morrer".
Agora que é pai, com a atriz belga Jenn Thiam, de 32 anos, o cantor sente que a sua responsabilidade é "sobreviver". "Encontrei esse novo amor e essa dedicação pura", disse.
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