Morte De Criança Em Setúbal. Polícia Judiciária Detém Mãe De Jéssica E Filho De Raptores



Duas pessoas, suspeitas de estarem relacionadas com a morte de uma criança, de apenas três anos, foram detidas fora flagrante delito. De acordo com a CNN Portugal, tratar-se-á da mãe da criança, detida por expor a filha ao perigo, e um filho do casal de raptores.


A CNN Portugal avança ainda que o indivíduo em questão terá sido alegadamente detido por questões relacionadas com tráfico de droga.


A acusação do processo será conhecida até à próxima semana, quando se marcam os seis meses de prisão preventiva para os primeiros detidos do caso - o casal de raptores e uma filha, indiciados pelo homicídio qualificado da menina.


A PJ não adiantou as identidades dos detidos, mas indica que o homem, de 28 anos, e a mulher, de 37, vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial, no tribunal de Setúbal, para conhecerem as medidas de coação tidas por adequadas.


"A Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Setúbal, no cumprimento de mandados de detenção emitidos pela autoridade judiciaria competente – DIAP de Setúbal, deteve, fora de flagrante delito, de duas pessoas, suspeitas de estarem relacionados com a morte de uma criança de 3 anos de idade, ocorrida no passado mês de junho, na cidade de Setúbal, quando se encontrava aos cuidados da sua suposta 'ama'", pode ler-se no comunicado da Polícia Judiciária (PJ).


Recorde-se que Jéssica morreu em junho, no Hospital de Setúbal, onde foi sujeita a manobras de reanimação sem sucesso, já depois de uma equipa de emergência ser chamada à casa da família. Os primeiros relatos indicavam que a criança tinha estado na casa da ama durante vários dias.


Segundo revelou aos jornalistas a avó de Jéssica, Rosa Tomás, os sinais de maus tratos já seriam evidentes quando a mãe foi buscar a criança a casa da alegada ama.


Dias após o crime, o casal de raptores e uma filha foram detidos, e ficaram em prisão preventiva, indiciados em coautoria por homicídio qualificado da menina. Na altura, a mãe e o padrasto da criança também foram ouvidos em tribunal, mas acabaram por sair em liberdade.