Quando foram ouvidos pelo tribunal, Gregório Leão e António Carlos do Rosário disseram que a Ematum era rentável e que podia, em pouco tempo gerar lucros fabulosos. Leão, para enfatizar, até disse ter comido atum da Ematum num dos restaurantes da praça!
Ontem, o declarante Hermínio Tembe, que é actual director-geral da Ematum, disse que a empresa nem em 100 anos poderia recuperar o investimento de 850 milhões de dólares apenas com 24 barcos de pesca.
Para ele, os barcos da Ematum, que António Carlos do Rosário gabou-se deles com aquele seu exibicionismo barato, não estavam adaptados para pescar atum em Moçambique. Tinham muitos defeitos de fabrico, incluindo problemas nos sistemas de informação e comunicação. E mais: há seis anos a empresa estava em falência técnica!
Ematum até se parece com Moçambique!
Por outro lado, Hermínio Tembe disse que não era preciso pôr barcos para observar actividades ilegais no alto mar, porque todos os barcos de pesca que operam em Moçambique têm essa missão e já houve apreensões de navios com base em informações dadas por pescadores em alto mar.
Foi ou não um embuste todo o negócio que envolveu a criação da Ematum? Fomos roubados descaradamente e o que mais dói em tudo isto é que está envolvido, até ao pescoço, aquele senhor que lidera a nação. Somos governados por ladrões e nunca sequer saímos à rua para protestar.
Bom: é como já disse alguém: cada povo tem o Governo que merece!
Este Moçambique é um gigante Ematum!
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