Mulher Que Descobriu Vídeo De Sexo Privado No Pornhub Cria App Para Ajudar Outras Vítimas Do Mesmo Crime



Uma jovem chinesa, de 25 anos, transformou o trauma de ver um vídeo seu de cariz pornográfico publicado na plataforma Pornhub, sem o seu consentimento, na força que precisava para ajudar outras mulheres vítimas do crime de pornografia não-consensual: acaba de lançar uma aplicação que permite que os utilizadores que tenham vídeos seus privados publicados em várias plataformas, sem que o tenham autorizado e consentido, possam identificar, eliminar as imagens e tomar os trâmites legais.


A jovem, que se identifica como ‘Tisífone’, deusa grega da vingança, criou a app Alecto AI (nome da deusa grega da fúria) com uma equipa de especialistas e explicou o motivo ao The Independent.


"Controlar o dano é particularmente difícil. O conteúdo que infringe a lei está muitas vezes em várias plataformas. É difícil ter que procurar por este conteúdo espalhado na Internet e ser forçado a reviver o trauma uma e outra vez. Nós não nos conseguimos defender a não ser que tenhamos a tecnologia que nos ajude", explica a jovem chinesa.


A mulher relatou o trauma que viveu, e que quase terminou com suicídio: "Foi há mais ou menos sete anos. Eu era muito jovem e não fazia ideia que um monstro me tinha filmado sem eu saber. Depois vi um vídeo no Pornhub. Foi devastador. Pensei mesmo que já não queria viver mais. Senti que todo o mundo me traiu. Sobrevivi, mas por pouco", conta.


A Alecto AI funciona com software de inteligência artificial e reconhecimento facial, que compara os traços de determinado utilizador com os conteúdos pornográficos colocados na Internet. Segundo a criadora, a aplicação deverá ser lançada até ao final de 2021. Inicialmente só estará disponível mediante uma subscrição mensal mas, segundo ‘Tisífone’, a ideia é tornar a tecnologia grátis após contar com patrocinadores da área da Internet, como o facebook.