Decisão Sobre Chang Deixa Presidente Sul-Africano Em Situação Difícil

 Dívidas ocultas: ″Pessoas ligadas ao poder querem que este processo morra″  | Moçambique | DW | 03.05.2021

A consultora NKC African Economics considerou ontem que o Presidente da África do Sul está numa posição difícil devido ao pedido de extradição do antigo ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang, feito pelas autoridades moçambicanas.

“Se a África do Sul extraditar Manuel Chang para o seu país Natal e se ele não for responsabilizado, Ramaphosa abre o flanco à acusação de cumplicidade numa altura em que está a tentar libertar o seu governo da reputação de corrupção”, escrevem os analistas da filial africana da Oxford Economics.

No comentário ao pedido de extradição apresentado na semana passada, e a que a Lusa teve acesso, a consultora vinca que “é pouco provável que o antigo ministro das Finanças moçambicano enfrente a justiça no âmbito do seu alegado envolvimento no esquema ( das 'dívidas ocultas') em Moçambique” e lembra que já passaram cinco anos sobre a alegada prática de corrupção.

“O atraso na decisão final sobre a sua extradição também não é surpreendente, já que os Chefes de Estado regionais têm muitas vezes dado prioridade à relação entre as partes governamentais, e não à responsabilização daqueles que são acusados de ofensas”, acrescentam os analistas, defendendo que Cyril Ramaphosa deve “ter cuidado”.