Durante a Missão Empresarial a Portugal, a delegação moçambicana participou no Fórum de Negócios Portugal‑Moçambique, realizado à margem da VI Cimeira Bienal Portugal‑Moçambique.
O Presidente da CTA, Álvaro Massingue, integrou o painel “Ambiente de Negócios e Instrumentos Financeiros de Apoio ao Investimento”.
Na sua intervenção, ressaltou os progressos recentes na digitalização dos serviços públicos, no diálogo público‑privado, na simplificação de processos e na crescente abertura ao investimento estrangeiro.
Contudo, apontou desafios persistentes: burocracia, custos logísticos elevados, necessidade de maior estabilidade regulatória e combate à informalidade.
Massingue destacou as vantagens estratégicas de Moçambique: localização privilegiada com três corredores logísticos e acesso a seis países sem costa; abundantes recursos naturais; costa de 2 700 km com potencial para portos, pesca, turismo e economia azul; recursos hídricos com forte capacidade hidroeléctrica; e uma população jovem, empreendedora e aberta à tecnologia.
Instrumentos financeiros de apoio ao investimento
Para acompanhar a velocidade das oportunidades, o sector privado moçambicano identificou cinco necessidades prioritárias:
– Financiamento acessível e de longo prazo;
– Fundos de garantia e instrumentos de partilha de risco;
– Linhas de crédito bilaterais Moçambique‑Portugal com condições competitivas;
– Financiamento para inovação, digitalização e economia verde; e
– Instrumentos de apoio às exportações – factoring, seguro de crédito, financiamento de comércio externo e soluções cambiais.
O empresariado moçambicano entende que a presença de capital português em bancos que operam em Moçambique abre espaço para mecanismos de financiamento mistos, bilaterais e multilaterais, que podem ser estruturados e canalizados através destas instituições.

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