Coisas Que Você Acha Que Excitam — Mas Na Verdade Só Causam Vergonha Alheia




Existe um fenômeno curioso na vida sexual moderna: aquilo que você jura que é sexy, arrebatador e absolutamente irresistível… normalmente não tem o efeito que você imagina. Aliás, muitas vezes produz exatamente o contrário.


Sim, meus queridos: enquanto você acha que está entregando “calor”, a outra pessoa está ali pensando “por que eu estou passando por isso?”.


A boa notícia é que você não está sozinho, todo mundo já caiu nas armadilhas da pseudo-sensualidade pelo menos uma vez na vida. A má notícia é que algumas dessas cenas são tão épicas que mereciam até trilha sonora de comédia romântica e atrapalhada.


Então sente, relaxe e venha descobrir tudo aquilo que você acha que excita — mas não excita ninguém (ou quase isso).


Morder o lábio como se tivesse acabado de morder um limão


A cena do cinema ensinou que ficar mordendo o lábio inferior é a chave universal do tesão. A vida real, porém, mostra outra coisa:


-Tá com afta?


-Machucou?


-Você tá bem?


Se a mordidinha parece mais dor do que desejo, a sensualidade evapora instantaneamente.


Chegar falando sussurrando demais


Sussurrar pode ser sexy. Mas aquele sussurro exagerado, estilo ASMR sem contexto? Não.


O famoso: “Oi… tudo bem…?” acompanhado de respiração ofegante à toa…


A pessoa do outro lado fica mais preocupada com o seu pulmão do que com o clima.


Apertar forte demais (especialmente onde não devia)


Existe uma diferença muito importante entre “apimentar” e “quase deslocar a coluna da pessoa”. Ou entre “dar aquela pegada gostosa” e “quase arrancar uma parte do corpo”.


Se o toque faz a outra pessoa pensar “ai meu Deus”, mas não no sentido erótico, já deu errado.


Fazer caras e bocas de filme (só que sem filme)


Todo mundo já tentou, pelo menos uma vez, aquela “cara sexy” que viu no cinema. Infelizmente, a vida real tem uma iluminação péssima para esse tipo de atuação.


A intenção é sensual, mas o resultado às vezes parece dor de barriga, careta estranha ou preocupação com boleto vencendo amanhã.


Naturalidade sempre ganha de pose forçada em qualquer circunstância da vida, porque não na cena amorosa?


Achar que gemer alto é sempre sexy


Gemidos podem ser maravilhosos, mas tem gente que acha que precisa fazer um show acústico.


Se o volume passa de expressivo para exagerado, o clima vira preocupação:


-Será que o prédio inteiro está ouvindo?


Puxar o cabelo como quem está puxando carrinho de feira


Sim, cabelo pode ser sexy. Mas puxar com violência transformando erotismo em “Ai minha cabeça, quer me deixar careca?!” Definitivamente não funciona.


Se a cabeça ou o pescoço da pessoa está sofrendo mais que o coração, a excitação cai na hora.


Mandar nꭒdes sem contexto (e sem necessidade)


A intenção: incendiar o desejo.


A realidade: confusão.


“Por que ele (ela) mandou isso às 11h22 da manhã?”


“Eu estava no trabalho…”


“Eu nem pedi isso!”


“Será que realmente era para mim?”


Nꭒdes precisam de clima. Sem conexão, viram constrangimento.


Confundir brutalidade com intensidade


Intenso não é sinônimo de forte. Intenso é presença, ritmo, sintonia. Forte é… força.


E força demais só funciona na academia ou para abrir pote de azeitona. No sexo, força sem sentido gera desconforto e desconforto não excita ninguém.


Fazer elogios que soam mais como análise técnica


Nada mata o clima como elogio que parece avaliação de produto:


“Seu corpo é… bem… estruturado.”


“Você tem um formato… interessante.”


“Seu ombro é… peculiar.”


Se a pessoa sente que está sendo analisada ao invés de desejada, o clima vai para as cucuias.


Tentar repetir cenas que viu em vídeos, filmes ou novelas


Na ficção tudo funciona porque tem luz perfeita, ator perfeito, edição perfeita. No mundo real, tentar imitar essas cenas cria desconexão, não tesão.


O sexy está na espontaneidade — nunca na cópia.


Afinal, o que realmente excita?


O que excita de verdade é vivido, não imitado. Pessoas reais se excitam com atenção, presença, toque que conversa com o corpo, ritmo que se ajusta, vulnerabilidade, química espontânea.


A sensualidade é menos sobre performance e mais sobre conexão.


Às vezes o maior inimigo da excitação é tentar ser sexy demais.


O charme está no olhar sincero, no toque natural, no riso espontâneo, na química que surge sem esforço.


Não é o que você acha que excita. É o que você sente enquanto faz.


E isso, meu amor, ninguém finge.


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