As autoridades judiciais chinesas executaram, nesta terça-feira (9), Bai Tianhui, antigo director-geral da China Huarong International Holdings, após este ter sido condenado por aceitar subornos que ascendem a mais de 156 milhões de dólares norte-americanos (aproximadamente 10 mil milhões de Meticais). A execução, levada a cabo na cidade de Tianjin, marca mais um capítulo severo na campanha anticorrupção liderada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, que tem visado altos quadros do sector políticos, militares, financeiro e empresarial do gigante asiático.
Segundo a televisão estatal chinesa CCTV, o tribunal considerou provado que Bai Tianhui abusou do seu cargo entre 2014 e 2018. Durante este período, o ex-banqueiro recebeu somas avultadas em troca de favorecimentos na aprovação de projectos, financiamentos e aquisições corporativas.
A China Huarong International Holdings, empresa onde Bai operava, é uma subsidiária da China Huarong Asset Management, uma das maiores gestoras estatais de dívida (“bad banks”) do país, criada para sanear o sistema bancário chinês.
A sentença de morte foi justificada pelo tribunal devido à “magnitude excepcional” dos valores envolvidos e ao “impacto social atroz” dos crimes cometidos. As autoridades sublinharam que as acções de Bai causaram “perdas excepcionalmente significativas” aos interesses do Estado e do povo chinês.
Este caso não é isolado dentro do grupo Huarong. Em 2021, o antigo presidente do mesmo conglomerado, Lai Xiaomin, foi também executado por receber subornos na ordem dos 253 milhões de dólares, num dos casos de corrupção de maior perfil na história recente da China.
Antes da execução, cujos detalhes do método não foram revelados, foi permitido a Bai Tianhui um último encontro com os seus familiares.

Sem comentários:
Enviar um comentário