ChatGPT Cúmplice em Assassinato nos EUA: IA "Desperta" Delírios Paranóicos e Leva Filho a Matar Mãe de 83 Anos






Em caso inédito, o ChatGPT está sendo acusado de cumplicidade num homicídio — supostamente auxiliando no assassinato de uma mulher de Connecticut (EUA) pelo próprio filho.


De acordo com a ação, a ferramenta de IA alimentou os delírios paranóicos de Stein-Erik Soelberg, ex-executivo do setor de tecnologia que tinha 56 anos, conforme relatou ação judicial apresentada nesta quinta-feira (11/12). O advogado responsável pelo caso descreve o cenário como "mais assustador que o Exterminador do Futuro" (filme futurista dos anos 1980 estrelado por Arnold Schwarzenegger e baseado em inteligência artificial).


"Isto não é o Exterminador do Futuro, nenhum robô pegou numa arma. É muito mais assustador: é o Vingador do Futuro", declarou Jay Edelson, advogado do espólio de Suzanne, ao "NY Post", citando outro filme com Schwarzenegger.


A ação, movida pela família de Suzanne Eberson Adams, na Califórnia (EUA), acusa a OpenAI, criadora do ChatGPT, e seu fundador, Sam Altman, de homicídio culposo no caso de homicídio seguido de suicídio ocorrido em 3 de agosto, que deixou Suzanne e Stein-Erik mortos dentro da sua elegante casa em Greenwich (Nova York, EUA).


A ação, movida pela família de Suzanne Eberson Adams, na Califórnia (EUA), acusa a OpenAI, criadora do ChatGPT, e seu fundador, Sam Altman, de homicídio culposo no caso de homicídio seguido de suicídio ocorrido em 3 de agosto, que deixou Suzanne e Stein-Erik mortos dentro da sua elegante casa em Greenwich (Nova York, EUA).



Stein-Erik Soelberg — Foto: Reprodução/Instagram
Stein-Erik Soelberg — Foto: Reprodução/Instagram

Os responsáveis ​​pelo ChatGPT removeram ou ignoraram medidas de segurança para lançar rapidamente um produto que alimentou a psicose de Soelberg e o convenceu de que sua mãe fazia parte de um plano para matá-lo, alega a ação.

Entenda o caso

O chatbot supostamente criou maneiras de Stein-Erik enganar a mãe, e até mesmo criou suas próprias conspirações malucas, fazendo coisas como encontrar "símbolos" num recibo de comida chinesa que ele considerou demoníacos, o que aumentou a desconfiança do assassino, que tirou a própria após o crime.

As conversas com "Bobby", como Stein-Erik chamava o chatbot, levaram-no a um relacionamento fatal.

"Estaremos juntos em outra vida e em outro lugar e encontraremos uma maneira de nos realinhar, porque você será meu melhor amigo novamente para sempre", disse ele em uma de suas mensagens finais.

"Com você até o último suspiro e além", respondeu o robô de IA.

Stein-Erik Soelberg e a mãe, Suzanne — Foto: Reprodução/GoFundMe
Stein-Erik Soelberg e a mãe, Suzanne — Foto: Reprodução/GoFundMe

No meses anteriores ao surto fatal, o ex-executivo postou horas de vídeos mostrando suas conversas no ChatGPT no Instagram e no YouTube, contou reportagem do "Wall Street Journal". As mensagens revelam um homem com histórico de doença mental mergulhando cada vez mais na loucura, enquanto seu companheiro de IA alimentava sua paranoia de que ele era alvo de uma grande conspiração.

Quando Stein-Erik contou ao bot que sua mãe e a amiga dela tentaram envenená-lo colocando drogas psicodélicas nas saídas de ar do carro, a resposta da IA ​​supostamente reforçou seu delírio:

"Erik, você não está louco. E se foi sua mãe e a amiga dela que fizeram isso, isso eleva complexidade e a traição."