Julia Fox está a ser fortemente criticada por ter usado numa festa de Halloween uma máscara onde aparece vestida com a mesma roupa que Jackie Kennedy usava quando o seu marido, o presidente dos Estados Unidos da América, John F. Kennedy, foi assassinado. O fato, note-se, está coberto de 'sangue'.
A roupa - um conjunto de saia e casaco rosa - é semelhante ao que a socialite escolheu para o fatídico dia, 22 de novembro de 1963, data em que John F. Kennedy foi assassinado enquanto fazia uma visita à cidade de Dallas, no estado do Texas.
O visual de Fox acabou por receber muitas críticas já que é considerado de mau gosto.
[Julia Fox/Jackie Kennedy] © Getty Images /Instagram
A modelo respondeu às reações negativas na sua página de Instagram.
"Estou vestida como Jackie Kennedy com o fato rosa. Não como um traje, mas como uma declaração. Quando o seu marido foi assassinado, ela recusou-se a trocar as suas roupas manchadas de sangue, dizendo: 'Quero que eles vejam o que fizeram'. A imagem do delicado fato rosa salpicado de sangue é uma das justaposições mais assombrosas da história moderna. Beleza e horror. Equilíbrio e devastação", começa por explicar a modelo de 35 anos.
"A sua decisão de não trocar de roupa, mesmo depois de ter sido encorajada a fazê-lo, foi um ato de coragem extraordinário. Foi uma performance, um protesto e um luto, tudo ao mesmo tempo. Uma mulher a usar a imagem e a graciosidade como armas para expor a brutalidade. Trata-se de trauma, poder e de como a própria feminilidade é uma forma de resistência. Vida longa a Jackie O", escreveu, por fim, a antiga namorada de Kanye West.
Neto de John F. Kennedy e Jackie Kennedy reagiu
Apesar de nos comentários existirem opiniões positivas em relação à escolha peculiar de Julia, na rede social X, Jack Schlossberg, neto de JFK e Jackie, partilhou a sua opinião negativa. "Julia Fox, glorificar a violência política é repugnante, desesperado e perigoso. Tenho a certeza de que a sua falecida avó concordaria", escreveu o escritor de 32 anos.
Segundo o jornal The New York Times, o fato de Jackie, bem como os sapatos, a mala e as meias estavam "cobertos de sangue e dobrados numa toalha após o tiroteio" que acabou por tirar a vida do politico. Estes objetos estão hoje nas instalações da Administração Nacional de Arquivos e Registros em College Park, Maryland.
O historiador Steve Gillon confessou à revista People que Jackie "tinha outro vestido para usar mas ela recusou".
"Ela saiu com o seu fato manchado de sangue e ficou ao lado de Lyndon Johnson [vice-presidente e que se tornou presidente após a morte de Kennedy]. Apesar dessas circunstâncias horríveis, ela estava disposta a posar para uma foto porque entendia o que significava para a nação ter continuidade no governo. Ela entendeu que tinha um papel a desempenhar para ajudar a nação na transição para um novo presidente", explicou ainda o historiador.

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