Felipa Garnel foi mais uma das figuras públicas que se manifestaram sobre a morte de Francisco Pinto Balsemão, que partiu esta terça-feira, 21 de outubro, aos 88 anos.
A antiga apresentadora de televisão, de 60 anos, partilhou um longo texto e uma foto ao lado do fundador do grupo Impresa, revelando que a relação dos dois ficou tremida quando Felipa decidiu seguir outro percurso profissional.
"A minha relação com Balsemão foi tumultuosa. Trabalhei com ele vários anos, foi ele que me escolheu, estava eu na RTP, para ser editora e mais tarde diretora da revista Caras. Não gostou quando saí da, à época, Abril/Controljornal, mas, como o meu caminho era a SIC, pela mão de Rangel, aceitou", começou por explicar a comunicadora.
"Conhecia-o de miúda, ele era primo direito de uma tia minha, mas nem por um segundo essa 'proximidade familiar' me beneficiou, no que quer que fosse. Pelo contrário… Este texto não serve para ajustes de contas, muito menos para lamentos. É apenas uma constatação de que devemos ter a grandeza de nos libertarmos de quezílias em vida. Ontem Balsemão partiu. Zangado comigo e eu com ele", revelou ainda Felipa Garnel.
"Nunca pensei sentir-me triste com a sua morte. Mas senti. Muito. Talvez por saber que, apesar de tudo, haverá sempre, para quem trabalhou na comunicação em Portugal, um antes e um depois de Balsemão. Numa altura em que a comunicação social está ameaçada pelo mundo fora, Francisco Pinto Balsemão foi um farol de liberdade. De liberdade de expressão e de pensamento. Que essa sua luz continue a iluminar e a inspirar a imprensa em Portugal. À sua família, em especial à Tita, deixo aqui um beijo", concluiu a antiga apresentadora de televisão.
Outras homenagens a Francisco Pinto Balsemão
Também José Mata, Bárbara Guimarães, Daniel Oliveira, João Baião, Catarina Furtado, Liliana Campos, Clara de Sousa, entre muitos outros nomes da comunicação fizeram questão de prestar uma homenagem ao fundador da SIC.
Fátima Lopes, que foi durante muitos anos um dos rostos do canal, escreveu nas redes sociais: "O nosso país tem muito a agradecer a Francisco Pinto Balsemão. Um visionário, um pioneiro, um sonhador e um empreendedor. Um verdadeiro democrata. A história da democracia não se escreve sem o seu nome. E a história da comunicação social em Portugal tem um antes e um depois da intervenção de Francisco Pinto Balsemão.
Profissionalmente, devo-lhe muito: a confiança permanente no meu trabalho e no meu talento. Nunca esquecerei a forma cuidada como sempre me tratou. Até sempre, Dr. Balsemão. As minhas sentidas condolências e um abraço a toda a família", pode ler-se na partilha da comunicadora.

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