Esposa de Bruce Willis Desabafa Sobre a Demência do Ator: “Já Estou de Luto, Mesmo com Ele Vivo”



Emma Heming, esposa do ator Bruce Willis, abriu o coração em uma entrevista à Vogue Austrália, revelando os desafios emocionais enfrentados pela família desde o diagnóstico do astro com demência frontotemporal. Aos 70 anos, o eterno protagonista de Duro de Matar luta contra a progressão da doença, enquanto Emma, de 47 anos, e as filhas do casal, Mabel, de 13, e Evelyn, de 11, tentam lidar com a nova realidade.


“Já vivo o luto. Tive que aprender a conviver com a dor. Ela está sempre comigo. Não consigo me livrar dela, mas respiro fundo, fico triste e sinto tudo o que for preciso sentir — só não deixo que isso defina toda a minha vida”, desabafou Emma, em um relato comovente.


O impacto nas filhas

Emma também falou sobre como a ausência emocional do pai afeta as filhas. Bruce foi diagnosticado em 2023, quando Mabel e Evelyn tinham apenas 10 e 8 anos, respectivamente.


“Elas estão bem, considerando tudo. Mas é difícil. Elas sofrem. Sentem muita falta do pai. Ele está perdendo momentos importantes. É doloroso para elas. Crianças são resilientes, dizem, mas eu odiava ouvir isso. As pessoas não faziam ideia do que estávamos passando. Não sei se minhas filhas vão se recuperar algum dia, mas estamos aprendendo — todos nós”, contou.


Além das duas filhas mais novas, Bruce também é pai de Rumer, Scout e Tallulah, de seu casamento anterior com Demi Moore. Toda a família tem se unido para apoiar o ator nesta etapa difícil.


Dor, amor e resiliência

Emma Heming recentemente lançou o livro O Rumo Inesperado: Como Recuperar a Força, a Esperança e Se Reencontrar na Jornada do Cuidado, em que compartilha sua experiência como cuidadora e esposa. A obra é um reflexo de sua tentativa de encontrar força em meio à dor.


“Minha enteada Scout diz no livro: ‘A dor é o preço que pagamos por amar alguém tão profundamente’. E ela está certa. O que sinto tem raízes no profundo amor que tenho por Bruce e por nossa família. Há uma beleza triste nisso. A verdade é que ninguém escapa da dor — ela é parte do amor e da vida.”


Mesmo em meio à adversidade, Emma mantém uma postura de coragem e esperança. “Quando me perguntam como estão as meninas, penso que, por mais difícil e triste que isso seja, ainda poderia ser muito pior. Tento me agarrar a essa perspectiva.”