Dois prisioneiros foram detidos sob suspeita de envolvimento no assassinato de Ian Watkins, ex-vocalista da banda Lostprophets, ocorrido no último sábado (11) na prisão de Wakefield, em West Yorkshire, Inglaterra.
De acordo com a polícia de West Yorkshire, os suspeitos têm 25 e 43 anos, mas suas identidades não foram divulgadas. Watkins, de 48 anos, foi atacado e esfaqueado no pescoço dentro do presídio. Apesar da rápida chegada dos serviços de emergência, o músico foi declarado morto ainda no local.
Watkins cumpria uma pena de 29 anos de prisão, além de seis anos adicionais de supervisão judicial, por uma série de crimes sexuais, incluindo pedofilia e tentativa de estupro de um bebê. O ex-vocalista havia sido condenado em 2013, após admitir 13 crimes sexuais.
Segundo uma fonte do sistema prisional ouvida pelo jornal The Sun, o ataque foi descrito como “brutal e chocante, mesmo para os padrões de uma prisão”. O informante acrescentou que a cena foi “horrível, com sangue por todo lado, alarmes e sirenes disparando”.
O Daily Star relatou que os presos envolvidos no crime teriam “ganhado status” entre os demais detentos por terem assassinado um condenado por crimes sexuais. Nas redes sociais, a morte de Watkins gerou reações diversas — enquanto alguns expressaram repúdio, outros celebraram o ocorrido.
Após o assassinato, a prisão de Wakefield foi colocada em isolamento total. De acordo com Tony Cottenden, agente penitenciário com nove anos de experiência, alas destinadas a criminosos sexuais costumam manter mínimo contato com outros detentos, devido ao risco de ataques.
Watkins já havia sido esfaqueado em 2023, no mesmo presídio, durante um ataque em que foi feito refém por três prisioneiros por cerca de seis horas. Por conta da natureza de seus crimes, ele era considerado um dos detentos mais vulneráveis da unidade.
O ex-cantor foi preso em 2012, após uma operação policial em sua casa em Pontypridd, País de Gales, durante uma investigação por tráfico de drogas. Computadores e dispositivos eletrônicos apreendidos na ocasião revelaram um vasto acervo de pornografia infantil.
O juiz que o condenou afirmou na época que os crimes cometidos por Watkins “atingiram novos patamares de depravação”. Após o escândalo, a banda Lostprophets anunciou o fim de suas atividades, e os demais integrantes declararam-se “de coração partido, raivosos e enojados” com as revelações.

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