Uma das participantes mais memoráveis da oitava temporada de Quilos Mortais, Coliesa McMillian, faleceu em setembro de 2020, aos 41 anos, após lutar contra sérias complicações de saúde decorrentes de uma cirurgia bariátrica. Seu caso, que emocionou muitos telespectadores do reality show, voltou a ganhar destaque recentemente com a exibição do episódio na Record TV, reacendendo debates sobre as circunstâncias de sua morte.
A dura trajetória de Coliesa
Nascida na Louisiana, Coliesa McMillian pesava 292 quilos quando teve sua história contada no programa. Desde a infância, ela enfrentou uma vida marcada por dificuldades, como a perda precoce da mãe e a convivência com um pai alcoólatra, fatores que, somados a uma depressão profunda, a levaram a desenvolver compulsão alimentar. Como resultado, Coliesa se viu em um estado de saúde fragilizado e quase sem mobilidade, dependendo do apoio de sua irmã, sobrinha e suas quatro filhas para as tarefas mais simples do dia a dia.
A obesidade extrema colocou sua vida em risco, e pouco antes das gravações, ela sofreu um ataque cardíaco. Ao participar de Quilos Mortais em 2020, Coliesa tinha o objetivo de mudar sua vida para poder estar presente para suas filhas. Sob os cuidados do famoso Dr. Younan Nowzaradan, ela passou por desafios imensos, mas também conseguiu emagrecer 66 quilos. No entanto, a cirurgia bariátrica, que deveria ser sua salvação, acabou resultando em um pesadelo.
O fatídico desfecho
Após sua participação no reality, Coliesa passou por uma bariátrica, mas complicações surgiram rapidamente. Segundo sua sobrinha, Blair Shelton, que é enfermeira, uma sutura interna se rompeu após a cirurgia, provocando uma hemorragia grave. Coliesa foi submetida a uma cirurgia de emergência e ficou mais de um mês em coma induzido, dependendo de um respirador. Mesmo após essa batalha, sua saúde nunca se recuperou completamente, e ela sofreu com infecções e até paralisia parcial antes de falecer.
Ainda segundo relatos da sobrinha, Coliesa chegou a enfrentar uma infecção generalizada antes de sua morte. Enquanto isso, versões de outros veículos de comunicação, como Starcasm e TMZ, sugeriram que uma insuficiência renal aguda também teria sido um fator crítico em seu falecimento, associada às complicações da cirurgia bariátrica.
A polêmica sobre o “hospício”
Uma das questões que gerou confusão foi o obituário publicado no Deadline, retirado do Baton Rouge Advocate, que mencionava que Coliesa havia falecido “em paz em um hospício”. A tradução literal do termo causou estranhamento, especialmente entre o público brasileiro, que associou “hospício” a um hospital psiquiátrico. No entanto, a tradução correta deveria ser “hospice care”, que nos Estados Unidos se refere a cuidados paliativos oferecidos a pacientes terminais, e não a um hospital psiquiátrico.
Esse detalhe gerou uma grande reviravolta nas especulações sobre o fim de Coliesa, confundindo os fãs que acompanhavam sua história.
Últimos dias e legado
Apesar da perda precoce, a história de Coliesa McMillian continua sendo um lembrete do impacto que a obesidade extrema pode ter na vida das pessoas e da complexidade dos tratamentos médicos. Ela deixou quatro filhas – Hannah, Sadie, Kadelynn e Victoria – que enfrentam a dor da perda, assim como familiares e amigos que acompanharam de perto sua luta por uma vida melhor.
O episódio da Record TV, exibido recentemente, trouxe à tona novamente o legado de Coliesa, e sua história permanece como um alerta sobre a importância de cuidados médicos adequados, escolhas de vida saudáveis e o impacto psicológico e físico das doenças relacionadas à obesidade.

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