Charles D. B. King, ex-presidente da Libéria, é lembrado por protagonizar uma das eleições mais fraudulentas da história. Em 1927, ele foi declarado vencedor com 243 mil votos em um país que tinha menos de 15 mil eleitores registrados, gerando uma participação teórica de mais de 1.600%. Esse episódio é reconhecido pelo Guinness World Records como o recorde de eleição mais manipulada já registrada.
A fraude eleitoral foi apenas a ponta do iceberg. Durante seu governo, surgiram denúncias de que membros do Partido True Whig estariam envolvidos no recrutamento e venda de trabalhadores como escravos. Investigações internacionais confirmaram que altos oficiais, incluindo King, lucraram com o trabalho forçado, configurando um escândalo de corrupção e abuso.
Sob intensa pressão nacional e internacional, Charles King renunciou em 1930, encerrando um mandato marcado por fraudes, nepotismo e práticas abusivas que mancharam a história política da Libéria.

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