A actriz Claudia Cardinale, um dos grandes ícones do cinema europeu no século 20, faleceu aos 87 anos. A informação foi confirmada por seu agente à agência AFP nesta segunda-feira (23). Com uma carreira que atravessou seis décadas, Cardinale brilhou em produções italianas, francesas e americanas, deixando uma marca indelével na história do cinema.
Nascida Claude Joséphine Rose Cardinale em 15 de abril de 1938, em La Goulette, na Tunísia — então protetorado francês —, ela conquistou os holofotes ainda na juventude, após vencer um concurso de beleza que a levou à Itália. A partir daí, deu início a uma trajetória cinematográfica que a transformaria em símbolo de talento e elegância nas telas.
Sua estreia aconteceu em Goha (1958), mas foi com filmes como Rocco e Seus Irmãos (1960), O Leopardo (1963) e o cultuado 8½, de Federico Fellini (1963), que Cardinale se consolidou como uma das atrizes mais importantes de sua geração.
Nos anos 1960, expandiu sua carreira para Hollywood, onde estrelou sucessos como A Pantera Cor-de-Rosa (1963) e o clássico faroeste Era Uma Vez no Oeste (1968). Apesar do reconhecimento internacional, sempre manteve forte ligação com o cinema europeu, onde conquistou prêmios como o David di Donatello e o Nastro d’Argento.
Ao longo de sua carreira, Cardinale foi homenageada com diversos prêmios pelo conjunto da obra. Em 1993, recebeu o Leão de Ouro honorário no Festival de Veneza, e em 2002 foi agraciada com o Urso de Ouro honorário no Festival de Berlim.
Fora das telas, Claudia Cardinale também teve papel relevante como defensora dos direitos das mulheres. Desde 2000, atuava como embaixadora da boa vontade da UNESCO, engajada em causas feministas e sociais.
Com mais de 150 filmes no currículo e ativa até a década de 2010, Claudia Cardinale deixa um legado artístico incomparável, marcado por personagens memoráveis, força interpretativa e um compromisso admirável com a cultura e a justiça social.
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