Crítica Explosiva! Ngoenha E Garrido Acusam Sistema De Ignorar Crimes Em Israel E Palestina



Em suas declarações, Severino Ngoenha destacou a sua preocupação com profissionais que viajam a Israel, interpretando essas acções como uma “normalização das barbaridades cometidas por Israel”. Ele citou especificamente casos de jornalistas e juízes moçambicanos que viajaram para Israel, classificando suas atitudes como “uma situação de anormalidade que nós devíamos denunciar e devíamos condenar”.


Ngoenha argumentou que tal comportamento simboliza uma falta de distanciamento, em contraste com a postura adoptada por boa parte da comunidade internacional.


Por sua vez, Ivo Garrido questionou a responsabilidade dos profissionais moçambicanos diante das atrocidades em Gaza. Ele lamentou o silêncio de instituições como o Sindicato Nacional de Jornalistas, a Associação Moçambicana de Juízes e a Ordem dos Médicos Moçambicanos


Garrido apontou que mais de 200 jornalistas foram assassinados em Gaza nos últimos anos e criticou o Sindicato por nunca ter se manifestado. Ele também condenou a viagem de juízes moçambicanos a Israel para “trocar experiências sobre justiça”.


“Temos uma associação de moçambicanos de juízes que não tem vergonha nenhuma na cara, foi a Israel dizendo que ia trocar experiências sobre justiça,” disse Garrido, que também lamentou a falta de posicionamento de médicos.


O filósofo fez um apelo directo à sociedade civil moçambicana, incentivando os jovens, estudantes e universitários a se mobilizarem. Ele sublinhou que, mesmo que o governo tenha razões de Estado para não se manifestar, “nada justifica que a comunidade de jovens… não se levante mostrando solidariedade”.