Os corpos de Brenda Castillo e Morena Verri, ambas de 20 anos, e de Lara Gutiérrez, de 15, foram encontrados esquartejados em uma casa na região metropolitana de Buenos Aires, seis dias depois de desaparecerem. As três jovens foram torturadas e mortas ao vivo em uma transmissão feita nas redes sociais para um grupo restrito, em um crime que, segundo a polícia, teria sido ordenado por um líder do narcotráfico como vingança.
Brenda, Morena e Lara desapareceram na noite de 19 de setembro, quando foram vistas entrando em um Chevrolet Tracker branco em um posto de gasolina em La Tablada, bairro periférico da capital argentina. O último sinal dos celulares foi registrado poucas horas depois, antes de serem desligados. Familiares tentaram registrar o desaparecimento de Lara, a mais nova, no dia seguinte, mas foram orientados a esperar 24 horas.
Segundo a imprensa argentina, Brenda e Morena eram primas e trabalhavam como profissionais do sexo, informação não confirmada pelas famílias. As investigações indicam que o trio havia marcado um encontro com um suposto cliente, que ofereceu cerca de US$ 300 para cada uma. Câmeras de segurança registraram o momento em que elas entraram no carro, que circulava com placas clonadas e estava envolvido em um roubo desde agosto.
O veículo foi rastreado até a cidade de Florencio Varela, a cerca de uma hora do local do desaparecimento. Foi lá que, no dia 24, a polícia encontrou os corpos desmembrados e escondidos no subsolo de uma casa associada a uma organização criminosa. Dois deles estavam dentro de sacos de lixo. De acordo com o laudo pericial, as jovens foram mortas entre seis e dez horas após entrarem no carro.
Como anda a investigação
A investigação revelou que a tortura e o assassinato foram transmitidos ao vivo para cerca de 45 pessoas. Durante a transmissão, um dos chefes do grupo teria dito: “Isso acontece com quem rouba minhas drogas”. Lara teve dedos e uma orelha amputados antes de ser morta com um corte na garganta. Brenda foi esfaqueada diversas vezes no pescoço e teve o rosto esmagado, além de cortes no abdômen. Morena foi espancada antes de ter o pescoço quebrado.
Doze pessoas foram presas até agora, entre elas os donos da casa e um casal acusado de limpar a cena do crime, que apresentava manchas de sangue, forte cheiro de cloro e terra recentemente remexida.
Alguns dos suspeitos foram identificados como (os dois últimos foram identificados como peruanos):
- Maximiliano Andrés Parra, 18;
- Daniela Ibarra, 19;
- Miguel Ángel Villanueva Silva, 25;
- Magalí Celeste González, 28
A principal linha de investigação aponta que a execução foi ordenada por um traficante peruano foragido, líder de uma facção que atua na favela 1-11-14 e controla diversos pontos de venda de drogas na periferia sul de Buenos Aires. Pessoas próximas às vítimas relataram à polícia que uma delas teria ficado com um quilo de cocaína e US$ 70 mil pertencentes ao criminoso.
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