O actor Charlie Sheen, de 60 anos, fez novas revelações polêmicas sobre sua batalha contra o vício em drogas. Em entrevista ao programa australiano 60 Minutes, exibido no domingo (21), ele contou que chegou a ser “cortado” por um cartel mexicano devido à quantidade de cocaína que comprava regularmente.
Segundo Sheen, os traficantes ficaram desconfiados de seus pedidos:
“Eles realmente me cortaram. Nunca tinham visto alguém consumir nessa escala. As únicas outras pessoas para quem eles entregavam esse volume eram traficantes. Eles pensaram que eu estava revendendo.”
A declaração reforça o histórico de excessos do ator, que já falou abertamente sobre o uso de cocaína e crack. Ao ser questionado se chegou a fumar pedras de crack de sete gramas, Sheen relembrou uma de suas frases marcantes: “Brinquei que precisaria de um cachimbo maior.”
Livro de memórias e documentário na Netflix
As confissões fazem parte do livro “The Book of Sheen”, recém-lançado, e do documentário “Charlie Sheen”, disponível na Netflix. A produção conta com depoimentos de pessoas próximas ao ator, incluindo Marco, seu ex-fornecedor de drogas, que relatou episódios extremos de dependência.
De acordo com Marco, em uma tentativa de afastar Sheen do crack, ele chegou a manipular as drogas: “Colocava cada vez mais bicarbonato de sódio. No fim, não havia mais cocaína, e Charlie estava apenas fumando bicarbonato.”
O diretor do documentário, Andrew Renzi, destacou ao site Deadline a gravidade da trajetória de Sheen: “Ele foi tão fundo quanto se pode ir sem morrer. Nos últimos oito anos, não buscou voltar imediatamente à mídia ou a novos papéis, mas se afastou para tentar se reencontrar. Isso é raro.”
Renzi afirmou ainda que enxerga o ator como um sobrevivente: “Quando estava sentado diante dele, percebi que era alguém contando sua verdade, sem filtros. Isso, para mim, já é uma forma de sucesso.”
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