Choque Total! Bastidores Apontam Nyonguistas Contra o ‘Come Back’



Como é que se justifica que, em tão pouco tempo, o aparelho tenha ficado famoso pelas avarias? O avião foi adquirido pela nova gestão ou melhor, pelo Governo mas ninguém quer assumir a paternidade da compra. É como aquelas crianças que aparecem misteriosamente em festas de família: todos reconhecem, mas ninguém diz quem é o pai.


A verdade é que o segredo foi mal guardado. Trouxeram o avião quase às escondidas, como se fosse contrabando. Afinal, uma companhia que há 18 anos não comprava aviões teria, no mínimo, feito uma grande festa para mostrar a novidade à imprensa e ao público. Balões, discursos e cortes de fita. Mas não. Optaram pelo silêncio. E quando o silêncio é demasiado barulhento, é porque já havia algo a esconder.


E o “herói” apresentado pela Imprensa, aquele que chegou com um currículo que parecia mais robusto que um Boeing? Esperava-se que fosse a salvação da companhia, mas até agora só temos visto improvisos e decisões que deixam os passageiros a pensar se não seria mais seguro viajar de chapa.


Diante da sucessão de avarias, não seria possível devolver ou substituir o avião? Ou será que fomos burlados e comprámos gato por lebre, com asas incluídas? Se calhar, o avião veio com garantia igual à dos eletrodomésticos da feira: funciona bem apenas no dia da compra.


A grande questão é: vamos esperar que aconteça uma tragédia para tomar medidas mais sérias? Os responsáveis precisam perceber que a aviação não é palco para experiências nem lugar para “desenrascanço”. Os aviões não podem ser tratados como chapas, daqueles que mesmo com portas escancarradas e pneus careca circulam e transportam passageiros normalmente.


Senhores, chega de improvisos em setores que lidam com vidas humanas. Já basta de transformar cada voo num ensaio para missa de ação de graças. O povo quer viajar em segurança, não testar a resistência do coração a cada turbulência.