Naomie Pilula, uma advogada zambiana de 37 anos, postou uma selfie inofensiva no Instagram, que rapidamente viralizou, acumulando mais de 500.000 interações, principalmente negativas, focadas na sua aparência, especialmente no seu nariz. Ao invés de apagar a foto, ela escolheu transformar a vergonha em força.
Naomie Pilula cresceu em Lusaka, na Zâmbia, numa cultura que valoriza a beleza ligada a corpos generosos. Durante seus estudos na Austrália e Nova Zelândia, enfrentou padrões de beleza eurocêntricos, muitas vezes sendo a única mulher negra nas turmas. Com orgulho, reivindica a herança do seu nariz, afirmando que não deve apagar uma característica que a conecta ao pai.
A sua jornada para a autoaceitação foi gradual e ancorada na fé. Ela encontrou consolo no Salmo 139, que celebra a criação divina do corpo. Após receber comentários cruéis, percebeu que sua reação estava ligada ao seu próprio crescimento interior. Rejeitando padrões estéticos, Naomie afirma que, apesar de não se considerar convencionalmente bonita, ama a si mesma e acredita que a autenticidade é uma forma de beleza.
“Eu não sou esteticamente bonita. Não sou, e tudo bem.”, disse Naomie.
Desde a viralização da sua foto, ganhou mais de 20.000 seguidores, mas manteve a sua forma de se comunicar. Pelo seu testemunho, Naomie se tornou uma voz poderosa contra os padrões de beleza impostos, mostrando que o valor pessoal não depende da conformidade com esses padrões.
📸: Reprodução | Instagram/ @naomie.pilula — Equipe/Ed
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