Neste sentido, através de um teste realizado nas 83 línguas suportadas pelo YouTube verificou-se uma "distribuição desigual de informações contextuais entre os idiomas", resultando num apoio desigual aos utilizadores para avaliar a confiabilidade do conteúdo tendo em conta diferentes regiões.
No contexto da União Europeia (UE), a plataforma "parece aplicar os seus painéis informativos de forma desigual", afirmam os investigadores, sendo que o inglês é único idioma capaz de cumprir os requisitos para ativar todos os mecanismos de luta contra a desinformação.
Por exemplo, as notas contextuais relacionadas com o aborto aparecem apenas para utilizadores nos Estados Unidos, o que significa que, para determinados tópicos, o acesso a essa informação depende da localização física do utilizador e não das configurações de região e idioma selecionadas.
Além disso, o relatório sugere que o YouTube demonstra "uma atenção desproporcional aos idiomas ocidentais, enquanto negligencia grandes comunidades linguísticas em partes de África, sudeste Asiático e idiomas regionais, como o basco ou o galego".
Apesar disso, a plataforma refere estar a trabalhar para disponibilizar todas as suas ferramentas de combate à desinformação em mais países e regiões.
O YouTube, detido pela Google, é signatário do código de boas práticas para a utilização de Inteligência Artificial (IA), um acordo voluntário que estabelece normas para que as empresas tecnológicas respeitem os conteúdos protegidos por direitos de autor e não forneçam informações discriminatórias ou contrárias aos direitos fundamentais.
A AI Forensics é uma organização europeia sem fins lucrativos que procura perceber a influência dos algoritmos, através de investigações técnicas independentes.
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