Tensão na PRM: Agentes Promovidos Há Mais de 1 Ano Ainda Não Recebem Salários de Chefia



É uma situação que está agitando a corporação a escala nacional. Tudo porque há mais de um ano que vários agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) promovidos em Maio do ano passado por inerência das suas funções para cargos de chefia e direcção, assim como, por tempo de serviço, ainda não estão auferindo os respectivos salários actualizados, de acordo com as actuais patentes que ostentam.


De acordo com as fontes, a situação está criando um mau ambiente na corporação e uma vez que não podem fazer nenhuma greve, apenas ficam lambendo as feridas e dor internamente. As fontes explicaram que desde as promoções em Maio de 2024, ainda não viram os seus salários actualizados, inclusive os quadros graduados na Academia de Ciências Policiais (ACIPOL) e na Escola de Sargentos da Polícia (ESAPOL).


O caricato conforme avançaram é que há um ano que não existe nenhuma informação sobre o que está acontecendo, deixando os visados altamente desgastados e sentindo-se usados, apesar das esperanças terem voltado com a aprovação do Orçamento do Estado, o facto é que nem água vem e nem água vai.


As fontes revelaram que anteriormente era possível actualizar as categorias no novo sistema de pagamento salários a partir das finanças internas do Ministério do Interior, mas estranhamente quando o então Ministério da Economia e Finanças apercebeu-se serem promovidos instruíram supostamente o CEDSIF para trancar a janela onde se actualizava as categorias.


“Integrity” procurou ouvir todas as partes visadas neste imbróglio laboral e que está afectando a saúde de vários agentes da PRM, mas debalde. Entretanto, no passado dia 4 de Agosto, o ministro do Interior, Paulo Chachine, conferiu posse a novos dirigentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), do Serviço Nacional de Migração (SENAMI) e da Direcção de Administração e Finanças do MINT.



Apesar desta tensão na corporação, ainda nesta semana, tomaram posse na PRM, Maria Cristina Nandja, como Directora de Doutrina e Ética Policial; Yolanda Matusse, como Directora de Pessoal e Formação; Momade Catiça, como Comandante Provincial da PRM em Gaza; Marinho Muchanga, como Comandante Provincial da PRM na Zambézia; Paulik Ucacha, como Comandante do Teatro Operacional Especial de Afungi; Joana Milice, como Comandante Adjunta da Polícia de Ordem e Segurança Pública; Esperança Calisto, como Comandante Adjunta da Polícia Costeira, Lacustre e Fluvial e Aida Ferrão, como Directora Geral Adjunta dos Serviços Sociais da PRM.


De acordo com o Ministro do Interior, esta acção insere-se na estratégia do Ministério do Interior para o reforço da liderança operativa, a valorização do capital humano e a melhoria contínua da segurança pública.