Líder Político Alerta: Terrorism0 em Cabo Delgado Pode Evoluir para Revindicação Política



Os discursos politicamente correctos já tentaram, por via da imprensa, passar a imagem de que o terrorismo em Cabo Delgado era fogo de palha, e que ao menor vento, no lugar de se alastrar, seria dissipado.

Igualmente, há relatórios de Organizações a corroborar, supostamente por verificação, com o retorno de pessoas deslocadas e reestabilização das vidas nas regiões afectadas.

Entretanto, nas últimas semanas as notícias que chegam daquela província ilustram a resistência de grupo(s) armado(s) não governamentais, extorquindo e matando a população.

A criar raízes na região desde 2017, e embora líderes dos grupos já tenham sido abatidos, surge um alerta mais alarmante sobre as possíveis intenções dos terroristas ou que caminho pode seguir o alastramento do conflito.

O Presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Lutero Simango, alerta que, em caso de se prolongar a situação de insegurança em Cabo Delgado – ao mesmo tempo que projectos estruturante se mantém suspensos –, os grupos extremistas podem avançar para uma revindicação política das regiões onde perpetuam ataques. Isso significaria perder terras e reestruturar o mapa do país.

Neste sentido, para o líder do MDM, a responsabilidade de evitar essa hipotética situação é o Governo de Daniel Chapo. A solução inicial, segundo Simango, dialogar com os terroristas.

“O meu grande receio é que, se esse conflito durar mais tempo, três, quatro ou cinco anos, aquele movimento ganhe uma reivindicação política. Tem de impedir que se chegue a essa fase, em que se transforma em uma revindicação política. Por isso, defendo que devemos encontrar uma janela para um diálogo. ” disse, citado pela STV.

Simango notou que os movimentos armados são mais resistentes quando têm o apoio da população local e, melhor estratégia de impedir essa “simpatia”, o Governo de prover, no mínimo, as condições básicas para a população em Cabo Delgado.

“Qualquer movimento de guerrilha sobrevive quando tem apoio da população local. E, para impedir que haja esse apoio, é preciso que se criem condições adequadas para que essa população possa sobreviver e tenha as mínimas condições” disse.

Por outro lado, entende que os Serviços Secretos do país têm de se mostrar úteis e eficientes, procurando saber “a motivação desses indivíduos, quem os está a financiar e garante a retaguarda segura. Então, podemos ter essa janela de diálogo”.