“(…) O uso abusivo de bens públicos, os ‘funcionários fantasmas’ que sugam os recursos do povo, os concursos simulados para favorecer amigos, os cartéis que enriquecem à custa do sofrimento do povo, isto tem de acabar. Não há lugar neste governo, nem neste país, para quem coloca os seus interesses acima do povo. Lutaremos até às últimas consequências para defender os interesses do povo moçambicano em todos os sectores, público e privado (…)”.
Este é um trecho do discurso de tomada de posse de Daniel Francisco Chapo, proferido no passado dia 15 de Janeiro de 2025, na Praça da Independência, na Cidade de Maputo, no qual defendeu, por um lado, um combate cerrado à corrupção e, por outro, a sua repulsa ao amiguismo e clientelismo na gestão do erário.
Sete meses depois desta promessa, o Chefe de Estado e do Governo tem, nas suas mãos, o seu primeiro desafio de probidade, com as acusações de favorecimento e amiguismo, que pesam sobre o Ministro da Agricultura, Ambiente e Pescas, Roberto Mito Albino. Em causa, está o concurso público n.º 35A001641/IAOM/CP/Nº16/2025, referente à contratação de serviços de desenvolvimento de uma plataforma para a digitalização das cadeias de valor das culturas do algodão e oleaginosas, adjudicado a uma empresa sem requisitos exigidos.
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