O cantor descreveu a turnê, que durou mais de um ano, como “a experiência mais divertida, emocionante, gratificante, fisicamente exigente e, às vezes, extenuante”.
Timberlake afirmou que viver com a doença de Lyme “pode ser implacavelmente debilitante, tanto mental quanto fisicamente”, acrescentando que o diagnóstico foi um choque.
O ex-integrante do NSYNC, que se descreve como uma pessoa reservada, escreveu que chegou a considerar encerrar a turnê ao receber o diagnóstico, mas decidiu continuar: “A alegria que a performance me traz supera em muito o estresse passageiro que meu corpo estava sentindo. Estou muito feliz por ter continuado.”
Como a doença de Lyme pode afetar Justin Timberlake?
A doença de Lyme é transmitida por carrapatos do gênero Ixodes, também conhecidos como carrapatos-de-veado. Ela pode causar sintomas semelhantes aos da gripe, problemas neurológicos, dores articulares e outras complicações. O primeiro sinal geralmente é uma erupção cutânea vermelha, em formato de alvo.
Quando não tratada, a doença pode evoluir para artrite grave e causar danos ao coração e ao sistema nervoso. Na grande maioria dos casos, no entanto, é tratada com sucesso por meio de antibióticos.
“Sinceramente, não sei qual será meu futuro nos palcos, mas sempre vou guardar com carinho esta temporada – e todas as anteriores! Tem sido uma lenda para mim”, escreveu Timberlake.
Durante a turnê, o artista cancelou e adiou diversos shows alegando problemas de saúde, incluindo bronquite e laringite. O último show da etapa americana, em Ohio, foi cancelado em fevereiro devido a um quadro de gripe.
O vencedor de 10 prêmios Grammy encerrou sua publicação agradecendo à esposa, Jessica Biel, e aos dois filhos, Silas e Phin: “Nada é mais poderoso do que o amor incondicional de vocês. Vocês são meu coração e meu lar. Estou a caminho.”
Nos últimos anos, várias celebridades também compartilharam suas experiências com a doença de Lyme, entre elas a comediante Amy Schumer e os cantores Justin Bieber e Shania Twain.
A ex-estrela de The Real Housewives of Beverly Hills, Yolanda Hadid, tornou-se uma voz importante na conscientização sobre o tema após ser diagnosticada com a forma crônica da doença em 2012. Mais tarde, revelou que dois de seus filhos, os modelos Bella e Anwar Hadid, também foram diagnosticados.
No entanto, não há consenso científico sobre a existência de uma forma crônica da doença de Lyme. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, desencorajam o uso do termo “doença de Lyme crônica”, afirmando que as causas dos sintomas prolongados ainda não são totalmente compreendidas.
Hadid publicou suas memórias em 2017, no livro Believe Me: My Battle with the Invisible Disability of Lyme Disease (“Acredite em Mim: Minha Batalha com a Deficiência Invisível da Doença de Lyme”, em tradução livre).
“Essa doença nos colocou de joelhos, a mim e a muitos outros, muitas vezes nos fazendo desejar a morte, por total desesperança e exaustão”, disse ela em um discurso na gala da Global Lyme Alliance, em 2016, em Nova York.
Segundo o CDC, registros de seguros sugerem que cerca de 476 mil pessoas são tratadas para a doença de Lyme nos Estados Unidos a cada ano.
Quais os sintomas da Doença de Lyme?
Geralmente, o quadro infeccioso começa com uma lesão vermelha na pele que se expande, formando um anel chamado “eritema migratório”. Posteriormente, a pessoa pode enfrentar dores de cabeça, febre e sintomas semelhantes aos de uma gripe forte. Com o avanço da bactéria pelo organismo, podem surgir incômodos em articulações, manifestações neurológicas e, em alguns casos, alterações cardíacas.
- Lesão cutânea inicial: vermelhidão em expansão no ponto da picada.
- Dor nas articulações: desconforto, especialmente em joelhos ou cotovelos.
- Sinais neurológicos: dormências, sensações de formigamento ou fraqueza muscular.
- Cansaço extremo: fadiga constante, mesmo após repouso adequado.
- Febre e mal-estar: sintomas parecidos com infecções virais comuns.
Qual o tratamento da doença de Lyme?
O sucesso do tratamento está diretamente ligado ao diagnóstico precoce e à intervenção rápida. Em geral, os médicos prescrevem antibióticos, que podem ser administrados por via oral ou intravenosa, dependendo da gravidade do quadro e dos órgãos afetados. Quando há comprometimento neurológico, é necessário um acompanhamento mais rigoroso, já que os sintomas podem persistir por semanas mesmo após o término do tratamento. Quanto mais cedo a doença for identificada, maiores são as chances de recuperação completa.
- Identificação dos sintomas e busca por auxílio médico rapidamente.
- Confirmação da doença através de exames laboratoriais específicos.
- Início de antibióticos adequados para eliminar a bactéria causadora.
- Acompanhamento dos sinais clínicos até a completa resolução.
Apesar da gravidade em situações avançadas, a maior parte das pessoas apresenta melhora rápida com intervenção precoce. Por essa razão, informações transparentes e acesso ao diagnóstico correto fazem diferença para evitar complicações mais sérias.
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