Quase 24 anos após o brutal assassinato do economista António Siba Siba Macuácua, o processo judicial corre o risco de terminar sem que ninguém seja responsabilizado. O crime, ocorrido a 11 de Agosto de 2001 na sede do então Banco Austral (actual ABSA Bank), continua envolto em impunidade.
Segundo informações do tribunal, o único arguido ainda localizável, Benigno Parente Júnior, que à época era membro do Conselho de Administração Interino do Banco Austral, encontra-se em alegada condição de inimputabilidade. A defesa sustenta que ele sofre de doença de Alzheimer, apresentando documentos médicos que atestam a perda progressiva de funções cognitivas e a consequente incapacidade funcional e de discernimento.
A doença, de natureza neurodegenerativa, compromete não apenas a memória e a capacidade de raciocínio, mas também o comportamento e a autonomia do paciente, o que, segundo a defesa, impossibilita a sua participação num julgamento.
Para familiares, amigos e antigos colegas de Siba Siba, a situação representa um duro golpe na esperança de ver justiça feita. Muitos receiam que a lentidão do processo e a passagem do tempo tenham sido factores decisivos para que o caso caminhe para o esquecimento judicial.
Siba Siba Macuácua, que à data dos factos presidia interinamente o Conselho de Administração do Banco Austral, foi encontrado morto em circunstâncias chocantes, num crime que, desde então, se tornou símbolo de impunidade no país.
Sem comentários:
Enviar um comentário