Autoridades De Inhambane Denunciam Exploração Ilegal E Falhas No Controlo Das Áreas De Conservação




A exploração desenfreada de recursos no Parque Nacional de Zinave está a colocar espécies florestais à beira do desaparecimento, alertam os gestores das áreas de conservação da província de Inhambane, Sul de Moçambique.


Falando durante um encontro com o Procurador-Geral da República, os responsáveis denunciaram a morosidade processual que inviabiliza a responsabilização dos infractores, mesmo após operações e detenções.


Segundo as autoridades, citadas numa publicação do jornal “O País”, quase nenhum caso chega a julgamento, comprometendo os esforços de preservação. O caso mais preocupante foi reportado pelo Parque Nacional de Bazaruto, a maior reserva marinha do País, que admite não ter controlo efectivo sobre quem entra ou sai da sua área insular.


“No Parque Nacional de Zinave, localizado no distrito de Mabote, a extração de madeira ocorre de forma descontrolada, atingindo níveis alarmantes que ameaçam a sobrevivência de certas espécies.”


Por sua vez, o Procurador-Geral, Américo Letela, afirmou que “o encontro teve como objectivo compreender o funcionamento e as dificuldades enfrentadas pelas áreas de conservação”.


A província de Inhambane conta com três áreas protegidas de relevância estratégica: o Parque Nacional de Zinave, o Parque Nacional de Bazaruto, que abrange os distritos de Inhassoro e Vilankulo, e a Reserva Nacional de Pomene, situada em Massinga.