Graham “Dingo” Dinkelman, um dos YouTubers mais conhecidos na África do Sul por produzir conteúdo educativo sobre animais peçonhentos, morreu em outubro de 2024 após ser picado por uma mamba-verde-oriental (Dendroaspis angusticeps), uma das cobras mais venenosas do mundo. A informação foi confirmada por veículos internacionais como The Telegraph e New York Post.
Dinkelman foi picado enquanto manuseava a serpente em sua própria casa. Segundo familiares, ele chegou a ser levado ao hospital, onde ficou em coma induzido por cerca de 30 dias. No entanto, seu estado clínico se agravou após um choque anafilático provocado pelo veneno, levando à sua morte no dia 26 de outubro.
A mamba-verde é uma espécie nativa da África subsaariana e possui um veneno extremamente potente de ação neurotóxica, capaz de paralisar os músculos e provocar insuficiência respiratória em poucas horas, caso não haja tratamento rápido com soro antiofídico.
Com mais de 100 mil inscritos em seu canal no YouTube, Dinkelman era conhecido por compartilhar vídeos educativos que mostravam o comportamento de cobras venenosas e alertavam sobre a importância da conservação dos répteis. Ele era frequentemente comparado ao australiano Steve Irwin, o “caçador de crocodilos”, por sua postura destemida e didática.
Além do canal, o sul-africano mantinha um centro de conservação chamado Dingo’s Farm and Reptile Park, que recebia visitantes e realizava atividades de educação ambiental com crianças, jovens e adultos.
A morte do influenciador causou comoção entre seguidores e especialistas em vida selvagem, reacendendo o debate sobre os limites da exposição a riscos em nome do conteúdo e da educação ambiental. Embora tenha adotado medidas de segurança ao longo da carreira, o caso evidencia que mesmo os profissionais mais experientes estão vulneráveis diante de animais peçonhentos.
Dinkelman deixa esposa e filhos, além de um legado de conscientização sobre a preservação de espécies frequentemente incompreendidas. Sua morte serve de alerta sobre a importância do respeito, da cautela e da responsabilidade ao lidar com animais selvagens, especialmente os mais perigosos.
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