O Congresso Nacional Africano (ANC) diz que apoia incondicionalmente a visita de trabalho que o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, está a efectuar aos Estados Unidos da América (EUA).
O secretário-geral do ANC, Fikile Mbalula, defende que a visita de Ramaphosa e o encontro com Donald Trump, agendado para esta quarta-feira, visam normalizar as relações comerciais e diplomáticas com os Estados Unidos.
O posicionamento do ANC surge em resposta a alguns sectores sul-africanos, incluindo partidos políticos como os Combatentes da Liberdade Económica, que consideram a deslocação de Ramaphosa a Washington, como uma perda de tempo e de recursos.
Pretória e Washington têm andado de costas voltadas, desde que Donald Trump regressou à Casa Branca.
No meio dessas relações tensas, os Estados Unidos chegaram a expulsar o embaixador sul-africano, Ebrahim Rassul.
O Secretário-Geral do ANC lembra que os Estados Unidos da América são o segundo maior parceiro comercial da África do Sul e por isso mesmo Ramaphosa quer recolocar a cooperação nos carris.
No entanto, deixa claro que Pretória não vai recuar nas leis sobre a expropriação de terras sem compensação e sobre o a Educação Básica recentemente aprovadas e contestadas pelo partido Aliança Democrática:
“Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial da África do Sul e qualquer chefe de estado faria o que o nosso presidente está a fazer. Não é o que está a ser dito por certas pessoas que estão sentadas na sombra a criticar e a propalar coisas que não ajudam em nada a nossa economia, em termos de relacionamento com os Estados Unidos. O que o Presidente vai fazer nos Estados Unidos é reactivar as boas relações de cooperação no domínio do comércio. Este domínio tem sido a tónica principal do nosso relacionamento, não somente agora com a administração de Donald Trump. Também há a questão do AGOA, por isso a delegação integra o Ministro da Industrica, Comércio e Concorrência. Nós apoiamos plenamente esta visita” , disse.
De acordo com a presidência Sul-Africana, os dois chefes de estado vão discutir questões bilaterais, regionais e globais o que vai proporcionar a Cyril Ramaphosa uma plataforma para redefinir o relacionamento estratégico entre os dois países. (RM Johannesburg)
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