A liderança da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), maior partido da oposição em Moçambique, enfrenta uma das suas maiores crises internas desde o fim do conflito armado. O presidente do partido Ossufo Momade continua a resistir à crescente contestação interna apesar do seu estado de saúde debilitado, e do crescente descontentamento nas bases.
Fontes próximas ao partido relatam que Momade se recusa a abandonar a liderança da “perdiz”, mesmo diante de apelos cada vez mais intensos por mudanças. Essa resistência tem provocado uma onda de instabilidade dentro da organização, culminando com o encerramento de várias sedes distritais e provinciais em todo o país.
A situação agravou-se nos últimos dias com o encerramento simbólico da sede da RENAMO na cidade de Maputo. No local, antigos guerrilheiros do partido montaram um acampamento permanente exigindo a renúncia imediata de Ossufo Momade. Os protestatórios acusam a liderança atual de afastar-se dos ideais históricos do partido e de não responder aos interesses dos seus membros e generais.
O clima é de tensão crescente, com analistas políticos a alertarem que a continuidade de Momade no comando poderá aprofundar ainda mais a fragmentação interna e comprometer o futuro político da RENAMO nas próximas eleições.
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