Dérbi na Final da Taça? “Aquilo Não é Guerra, É a Festa do Ano!”, Declaração Agita o Futebol



A temporada desportiva em Portugal chega ao fim no próximo domingo. Sporting e Benfica medirão forças na final da Taça, no Estádio Nacional, no Jamor, naquele que será o quarto e último jogo entre os rivais lisboetas na presente época.


A turma liderada por Rui Borges chega a este duelo após a conquista do título de campeão nacional e só com uma derrota para as águias nos últimos seis jogos entre ambos. Foi na final da Taça da Liga deste ano que caiu para o lado do clube encarnado, através do desempate por penáltis em Leiria.


O saldo dos dérbis desta época é, por isso, de uma vitória para cada lado, às quais se somou o empate na Luz de há cerca de duas semanas. Em entrevista ao Desporto ao Minuto, Carlos Xavier, ex-jogador dos leões, antevê que, apesar do título de campeão ter ido para o lado do Sporting, a final da Taça de Portugal seja um duelo disputado.


"Independentemente da forma de cada um, são sempre jogos imprevisíveis e nos quais não há vencedores antecipados. O que é certo é que o Sporting não perdeu os últimos seis jogos com o Benfica, o que dá algum alento. A equipa está moralizada com a conquista do campeonato e vai defrontar o rival com alma e esperança de poder fazer a dobradinha", frisou o antigo internacional português.


"Independentemente de serem duas equipas que se conhecem bem, são jogos em que os detalhes fazem a diferença. A inspiração de cada um jogador poderá fazer a diferença. Os jogadores têm de estar atentos a estes pormenores. Quem errar menos tem a vantagem de poder ganhar. Tanto de um lado como do outro há essa qualidade", garantiu.


Carlos Xavier marcou presença no último dérbi entre Benfica e Sporting numa final de Taça de Portugal e até foi o autor do golo leonino no Jamor. O ex-jogador recordou com mágoa o jogo que ficou marcado pela morte de um adepto verde e branco por conta de um very light.


"Infelizmente, foi a situação a que todos assistimos. Um jogo que deveria ter acabado aos nove minutos. As pessoas preocupam-se mais com pequenos pormenores e frases, mas depois ninguém quer saber que existiu a morte num estádio. Ninguém fez nada. Isso é que é o mais preocupante", ressaltou, pedindo contenção aos adeptos para o jogo de domingo.


"Tem de haver uma maior vigilância e rigor das autoridades. Não podem permitir a entrada deste tipo de objetos. Com tanta vistoria e atenção ao pormenor, durante o jogo aparecem sempre esses artefactos. Não percebo como isso é possível acontecer. Devem estar de olhos fechados... Espero que não aconteça o mesmo que aconteceu em 1996. Era o caos. Espero que as pessoas estejam conscientes do mal que aconteceu e que vão para o estádio só para apoiar a sua equipa. Aquilo não é uma guerra, é um jogo de futebol. É festa do ano. As pessoas têm receio de levar os filhos para o estádio por causa dos pseudo-adeptos que vão para os estádios só para fazer porcaria", finalizou.