Cristina Ferreira compara-se a Ruben Amorim, diz ser uma pessoa de direita e não exclui a hipótese de vir a ser Presidente da República.
Ninguém poderá negar que Cristina Ferreira é uma das celebridades mais mediáticas de Portugal. Numa conversa para o CNN Entrevista, a apresentadora e diretora da TVI aborda a eventualidade de vir a ser candidata ao cargo de Presidente da República. “É algo que está muito distante da minha realidade de hoje em dia, devo confessar. Foi algo que, na altura, eu penso também pela forma como… eu gosto de política. Gosto muito de política”, começa por dizer. “Se me perguntasses, algum dia tu pensarias ser primeira-ministra, eu dizia-te imediatamente que não. Sei que não tenho capacidades para o fazer, sei que não seria”, prossegue.
Mas tudo muda quando se fala do cargo político mais nobre de Portugal. “Em relação ao cargo de Presidente da República, eu até ao dia em que morrer não te vou dizer que não vou ser candidata, porque não sei se o vou fazer ou não. Por muito que me digam… todas as coisas que possas imaginar. Por muito que questionem ‘quem é ela para algum dia pensar que pode vir a ser Presidente da República?’”, refere.
“Mas uma coisa eu deixo-te aqui: se eu um dia me pensar em candidatar, se eu um dia fosse eleita, eu iria tentar ser a melhor Presidente da República deste País. Como também uma vez já disse no Web Summit e que ficou também guardado na memória das pessoas, se isto tudo acabasse um dia eu podia ir vender bifanas, mas eu ia ser a melhor vendedora de bifanas deste País”, assegura. “Porque não há nada em que eu me meta que não tente fazer da melhor forma que sei e fazê-lo de forma perfeita. E portanto, se fosse Presidente, seria na mesma medida”, prossegue.
Cristina Ferreira assume ser de direita
Durante a conversa, Cristina Ferreira assumiu-se publicamente como uma mulher de direita. “Embora eu acho que tenha, ao longo do meu percurso, recebido muita influência de esquerda. E por isso mesmo eu sou aqui esta mistura que não sei muito bem definir”, conta. “Põe-me na direita”, assume. “Eu acho que tem muito que ver com a visão económica da direita, devo confessar, que sempre foi talvez aquela que foi mais falada. Nós somos fruto daquilo que vivemos na nossa infância, não tenho dúvida nenhuma. Acho mesmo que nos definimos enquanto pessoas nos nossos valores, que podem vir a ser alterados, até aos nossos oito, nove, dez anos. Fruto do que observamos, fruto do que ouvimos, e eu sempre fui muito de ouvir. Eu venho de famílias humildes, que não são de grandes empresas, que não são de nada disso, mas ouvi-os sempre falar muito de economia”, explica.
Apresentadora compara-se com Rúben Amorim
Cristina Ferreira compara ainda a mudança da SIC para a TVI com a saída de Ruben Amorim do Sporting. “Eu revi-me muito nas reações e naquilo que foi dito em relação a um homem que no futebol decide quebrar um contrato no local onde toda a gente diz que ele estava a ser incrível. Num sítio onde era impossível ele não estar feliz e ele muda. E aquilo que disseram é ‘que grande treinador, ele vai à procura do que é o melhor para ele e do que quer para ele’”, defende.
“Sabes quantas pessoas disseram isso em relação a mim? Muito poucas. E por isso é nesses dias que tu olhas e percebes que ainda há uma diferença entre áreas da sociedade, que ainda há uma diferença entre ser homem e ser mulher. E eu, para o bem e para o mal, sou uma das mulheres mais mediáticas deste País”, termina.
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