Jéssica Galhofas Acusada De Ameaçar Árbitra



Jéssica Galhofas, antiga concorrente do Big Brother, suspensa por quatro jogos após ameaçar árbitra. “Encostou a cabeça de forma violenta”, diz juíza.


Jéssica Galhofas ficou conhecida dos portugueses após a participação no Big Brother, reality show da TVI. Já fora da casa mais vigiada de Portugal, a futebolista prossegue a carreira no futebol ao serviço da equipa feminina do Esposende. E foi ao serviço da equipa que representa que a jogadora acabou suspensa por quatro jogos. Uma consequência das ameaças feitas a Tânia Patrão, árbitra do jogo que opôs o Esponsende ao Merelinense, numa partida a contar para a 3.ª divisão de futebol feminina.


É o jornal Record quem revela os dados que constam no relatório do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol. “O treinador principal da equipa B [Esposende], César Filipe Costa Nunes, agarrou-me contra a minha vontade, empurrou-me diversas vezes e ainda me agrediu verbalmente dizendo ‘Não vieram cá fazer nada’. Foi dada ordem de expulsão ao treinador da equipa B [Esposende]”, pode ler-se no documento. “Quando me dirigia para o túnel de acesso aos balneários, num clima de medo, ansiedade e receio da minha integridade física, fui confrontada de forma ameaçadora pela jogadora n.º 2 da equipa B [Esposende], Jéssica Soraia Cruz Galhofas, que me encostou a cabeça de forma violenta dizendo ‘Tu não vales merda nenhuma como médica, quanto mais como árbitra’. Foi dada ordem de expulsão à referida jogadora”, prossegue Tânia Patrão.


“Não vales merda nenhuma como médica, quanto mais como árbitra”

“Esta jogadora foi retirada pelas suas colegas de equipa, mas a mesma tentava sempre dirigir-se a mim de forma violenta. Logo de seguida, a jogadora número 2 conseguiu soltar-se, correndo rapidamente na minha direcção e ameaçando a minha integridade física dizendo ‘Espero por ti lá fora, isto não vai ficar assim”, termina.


Esposende acusa Merelinense

No mesmo documento consta a defesa do Esposende. Que dá conta de um “ambiente impróprio para a prática de qualquer modalidade”. Bem como de uma “postura de pouco fair-paly” do Merelinense. “O ambiente vivido naquele estádio, como é sabido por todos, é impróprio para a prática de qualquer modalidade. Por isso não é de estranhar que o trabalho da equipa de arbitragem fique condicionado. As pessoas responsáveis pela segurança, além de não serem imparciais durante todo o jogo, como a sua função obriga, após o apito final, foram comemorar com a equipa da casa”, argumenta o clube.


“A equipa da casa, numa postura de pouco fair-play, vestiu t-shirts em alusão a ‘Campeão da Série’ seja lá o que isto for. E de maneira ruidosa e efusiva, acicatando as adversárias com palavras pouco, direi, simpáticas, incentivando à desordem. Após estes relatos, queremos apenas pedir desculpa em nome do clube. A ADE não é, nem nunca foi, um clube desordeiro e sem fair-play, a sua história fala por si. Iremos internamente proceder a um inquérito, análise e garantir que acontecimentos destes nunca mais se repitam”, termina.