É inadmissível que, em pleno século XXI, cerca de 10 mil famílias em Mahubo, Boane, província de Maputo, ainda sejam obrigadas a recorrer à água dos charcos para o consumo. Esta situação é um reflexo claro da negligência e da falha das autoridades competentes em garantir um direito humano básico: o acesso à água potável.
As famílias de Mahubo estão cientes dos riscos associados ao consumo de água contaminada, incluindo doenças graves que podem afectar toda a comunidade. No entanto, a falta de alternativas viáveis deixa sem escolha, expondo crianças, adultos e idosos a perigos de saúde evitáveis.
Esse cenário não pode continuar. É necessário que as autoridades locais, provinciais e nacionais tomem medidas urgentes para resolver essa crise. Investir em infraestrutura de saneamento e distribuição de água deve ser uma prioridade máxima. Além disso, é essencial que se criem políticas públicas que garantam a manutenção desses serviços, evitando que situações como esta voltem a ocorrer.
A comunidade de Mahubo merece mais do que promessas vazias; merece acções concretas e imediatas que assegurem a dignidade e a saúde de seus habitantes. A falta de acesso à água potável é uma violação dos direitos humanos e um sinal claro de que muito ainda precisa ser feito para alcançar uma sociedade justa e equitativa. As autoridades devem agir agora, antes que mais vidas sejam colocadas em risco.
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