Obrigado, ó Mister Chiquinho, pois há séculos que não se assistia a uma quantidade estequiométrica de gotículas de alegria borrando nos lábios dos moçambicanos que amam o futebol e amam a sua pátria.
Mesmo com a nossa alegria cheios de teias, encinzadas e empoeiradas de tanta ausência de histórias como estas, dignas de serem impressas em livros e jornais, tu fizeste-nos respirar contigo até ao último segundo de cada jogo frente a esses grandes adversários que cruzaram a tua caminhada.
Ainda que com os nossos corações calçados de incertezas, Mister Chiquinho, tu nos fizeste ter a certeza, de que faltou apenas sorte, para os Mambas picarem a pirâmide do Egipto, e envenenarem os lábios dos ganenses.
Obrigado, Mister Conde, por trazer de volta a esperança, por reascender a luz do futebol que se apagou das entranhas das nossas almas, e que deixaram de acreditar no futebol, e passaram acreditar mais no Aviator…
E nesta Geografia futebolística da Costa do Marfim, tu fizeste História que nem a Sociologia das Ciências políticas consegue explicar Direito, a força Hidráulica que os teus pupilos imprimiram na Psicologia das quatro linhas.
Obrigado, Mister Chiquinho Conde! Prazer em te conhecer!
Meque Raul Samboco, 2024
Foto: Jornal O País
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