LAM Recebe Primeiro Avião Cargueiro

 




    A empresa Linhas Aéreas de Moçambique – LAM recebeu no último fim-de-semana o primeiro Boeing 737 300 cargueiro que vai responder à procura no transporte de mercadorias.


Fonte da instituição explicou que depois desta recepção estão em curso alguns “demarches” burocráticos para que a aeronave comece a operar brevemente.


Recentemente, a empresa Aeroportos de Moçambique -ADM assegurou que estava a trabalhar para tornar o transporte de mercadoria mais competitivo, o que passava pela reavaliação das taxas cobradas e garantia de certificação de todos os sistemas.


Neste momento são cobradas duas taxas de carga, que custam 10 cêntimos de dólar por quilograma e de segurança aeroportuária (TSA), que varia de um aeroporto para o outro e conforme tratar-se de exportação ou importação.


No âmbito do Programa de Aceleração Económica, a TSA para Chimoio, Lichinga e Pemba deixou de ser cobrada, para fomentar a exportação dos produtos daquelas províncias.


A empresa defendeu ainda que para promover a competitividade é também necessário criar estímulos e incentivar os produtores a transportar a carga por via aérea.


Neste contexto, a empresa tem estado a trabalhar com os Ministérios da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Indústria e Comércio, Mar, Águas Interiores e Pescas e os governos locais na certificação de qualidade dos produtos agrícolas para acederem ao mercado.


Vale recordar que a empresa sul-africana Fly Modern Ark – FMA assumiu em Abril de 2023 a gestão da LAM, com o objectivo de revitalizar a companhia aérea moçambicana.


Num encontro com jornalistas em Setembro, em Maputo, o director executivo da FMA, Theunis Crous, já tinha avançado que negociou o aluguer de um avião cargueiro, apenas para tratar do transporte de mercadoria dentro do país e para o exterior, nomeadamente para a África do Sul.


“É uma oportunidade que pode tornar a companhia rentável. O transporte de carga é um negócio muito rentável”, disse.


Na altura, Theunis Crous referiu igualmente que a FMA mobilizou US$ 15 milhões de financiamentos para a operação actual da LAM, que está a ser alargada, com novas rotas e aeronaves, o que se traduz num aumento de passageiros, 57 mil actualmente, face à média anterior de 46 mil mensais.


A FMA assumiu a gestão da companhia aérea estatal em Abril e reconheceu que a LAM tinha uma dívida estimada em cerca de US$ 300 milhões, de acordo com dados fornecidos na altura.