A deputada da Assembleia da República de Moçambique, Ivone Soares, que representa o partido Renamo, denunciou publicamente um incidente perturbador ocorrido durante a sua campanha eleitoral, que aconteceu na tarde deste domingo (08/10), último dia do processo de caça ao voto quando seguia para Quelimane.
Segundo relatos da deputada, enquanto se dirigia para cumprir o seu trabalho de campanha, Ivone Soares foi parada durante seu trajecto por agentes da PRM fortemente armados. Ela alegou que esses homens a cercaram, causando-lhe uma sensação de intimidação. Além disso, eles manifestaram intenção de revistar suas malas, que continham roupas íntimas. Ivone Soares expressou que a revista não seria um problema se fosse conduzida por uma mulher, mas nenhum agente do sexo feminino estava presente.
A deputada relatou que, como resultado dessa paralisação forçada, perdeu um dia de campanha. Os documentos do seu motorista foram apreendidos pelas autoridades, e ela recebeu ordens para permanecer no carro. Posteriormente, foi instruída a apagar os vídeos que estava gravando no seu celular. Ela afirmou que não tinha conteúdo para apagar, já que estava filmando a si mesma e não estava registrando outras pessoas.
Ivone Soares considerou essa acção como abuso de poder, pois alega que não recebeu uma explicação clara para ser parada e impedida de continuar sua viagem para realizar seu trabalho político. Ela também levantou a suspeita de que a acção poderia estar relacionada ao facto de ser membro de um partido de oposição, embora a polícia no local tenha negado qualquer motivação política por trás da acção.
A denúncia de Ivone Soares levanta sérias preocupações em relação aos direitos democráticos e à integridade dos representantes eleitos. A alegação de abuso de poder e intimidação merece uma investigação minuciosa para garantir a proteção dos direitos fundamentais e a justiça no processo eleitoral. É fundamental que as autoridades competentes investiguem o ocorrido e esclareçam as circunstâncias envolvidas no incidente.
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