Administrador Do Cazenga Envolvido Em Esquema De Desvio De Fundo Público



O administrador municipal do Cazenga, Tomás Bicas Mumbundo, está sendo acusado de envolvimento em um esquema que viola princípios de contratação pública, transparência e gestão orçamental. Fontes relatam que sua esposa também está envolvida no recebimento de propinas no município.

A empresa MINUILA- Comércio Geral, Importação e Exportação, Lda, teria se beneficiado de mais de 1 bilhão de kwanzas em contratos, com uma parte significativa sendo direccionada para a empresa MPG Engenharia, Consultoria e Prestação de Serviços, de propriedade de um suposto associado de Bicas. Essa empresa também teria sido contratada para fornecer materiais de escritório em um esquema de simulação.

Além disso, Tomás Bicas teria autorizado a si mesmo a posse de parcelas de terra e estaria construindo um edifício em Cazenga. Há ainda acusações de transferências de dinheiro para contas bancárias de sua esposa, parte do qual é destinado ao pagamento de imóveis em Portugal.

A investigação destaca a possível proteção de Tomás Bicas Mumbundo por figuras influentes, como o secretário-geral do MPLA e deputado à Assembleia Nacional, Paulo Pombolo, o que pode estar influenciando a falta de acções por parte das autoridades em relação ao caso.

Até o momento, Tomás Bicas Mumbundo não respondeu às acusações, e autoridades contactadas, incluindo o porta-voz da PGR e o Inspector Geral da Administração do Estado, não deram retorno.