A Associação Médica de Moçambique (AMM) decidiu hoje prorrogar a greve daqueles profissionais por mais 21 dias, por continuarem a identificar problemas no enquadramento dos médicos na nova Tabela Salarial Única (TSU).
A classe médica decidiu por unanimidade prorrogar a greve por mais 21 dias, ou seja, a greve vai continuar até ao dia 21 de agosto", disse à comunicação social Milton Tatia, presidente da AMM, após uma reunião da associação.
A terceira fase da greve dos médicos em Moçambique arrancou a 10 de julho, com a paralisação de 21 dias, prorrogáveis.
Os médicos protestam contra cortes salariais e falta de pagamento de horas extraordinárias, entre outras reivindicações, que tem feito aumentar o tempo de espera dos doentes nas diferentes unidades sanitárias do país.
Segundo a Associação Médica de Moçambique, alguns profissionais continuam a ter reduções salariais e o seu enquadramento na nova tabela salarial continua a ser feito "sem ter em conta o tempo de serviço".
O Ministério da Saúde (Misau) moçambicano disse hoje, em comunicado, que entregou na sede da AMM um ofício sobre a resolução de pelo menos quatro pontos de um total de cinco reivindicações, com resolução prevista até ao fim deste mês.
No documento, o ministério afirma ter resolvido os problemas de redução e falta de pagamento de salários, enquadramento sem observar o tempo de serviço e enquadramento inferior ao acordado, estes dois últimos pontos que constam ainda das queixas apresentadas hoje pelos médicos.
O Misau referiu que o pagamento das horas extraordinárias em atraso de até 2020, a última reivindicação ainda por resolver este mês, foi cumprido em 73%, tendo sido pagos 5.022 profissionais de saúde de um total de 7.862 a quem são devidos os pagamentos.(Lusa)
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