Paulo Cézar Lima, Foi Um Dos Maiores Gênios Do Futebol Brasileiro



Também chamado de Caju, devido a um episódio em que tingiu o cabelo de vermelho, Paulo Cézar fez parte da Seleção Brasileira tricampeã mundial em 1970.


Em 1975, Francisco Horta tomava posse na presidência do clube e queria montar um time vitorioso, que permanecesse no imaginário da torcida tricolor.


Assim, contratou vários craques, dentre os quais, Paulo Cézar Lima, junto ao Olympique de Marseille.


Se nos times anteriores, Caju era tido como jogador polêmico, temperamental e discutido, no Fluminense ele se transformou.


Foi um jogador sossegado, sempre criativo. Dava passes, fazia gols. Não criava caso. Chegou até a se oferecer para atuar na ponta-esquerda, que tanto detestava.


Sua estreia deu-se no dia 10.06.75, contra o poderoso Bayern de Munique, bicampeão europeu e base da seleção alemã campeã mundial de 74, na vitória por 1 x 0, no Maracanã, diante de 60.100 pagantes.


Dividindo o status de principal astro da Máquina Tricolor com Roberto Rivellino, não esbanjou qualquer vaidade.


Foi bicampeão carioca em 75 e 76, conquistando também o Torneio de Paris e a Copa Viña Del Mar, ambos em 76.


Ao final da temporada, foi envolvido em um troca-troca com o Botafogo, cujo principal beneficiado foi o alvinegro.


Seguiu para General Severiano juntamente com Rodrigues Neto e Gil, em troca de Marinho Chagas.


Fez seu último jogo no dia 21.11.76, no empate em 0 x 0 com o Atlético-MG, no Mineirão, diante de 102.531 pagantes, pelo Campeonato Brasileiro.


No total, jogou 85 vezes com a camisa tricolor e marcou 16 gols.


Em 1994, através de eleição realizada pela Revista Placar, foi eleito um dos 11 maiores jogadores da História do Fluminense.


Próximo de completar 74 anos (16.06.49), Paulo Cézar Caju não esconde o respeito e a gratidão pelo clube: "Não sou tricolor, mas adorei aquele clube. Lá fui tratado como gente."


Texto de Marcel Cezar, disponível em @fluminensepitorescoedramatico


Referências: Almanaque Tricolor (1902-2001); Revista Placar Ed. Especial 1994.