A decisão da secretária de Estado francesa responsável pelas pastas da Economia Social e Solidária e da Vida Associativa, Marlène Schiappa, de conceder uma entrevista e protagonizar uma sessão fotográfica para a revista ‘Playboy’ continua a gerar polémica em França. A ministra da Igualdade entre Homens e Mulheres, Isabelle Rome, considera que esta iniciativa representa uma "condensação de todos os estereótipos sexistas", uma vez que a publicação escolhida é um "compêndio" dos mesmos. "Quando se é ministro deve-se ter sentido de responsabilidade. Fingir que posar para a ‘Playboy’ vai promover a liberdade das mulheres, duvido muito. A dela, talvez. A dos outros, não", acrescentou Rome, lembrando que o fundador do título, Hugh Hefner, foi processado por agressão sexual.
A primeira-ministra, Élisabeth Borne, também já tinha criticado esta entrevista de Schiappa, que considerou "nada apropriada", principalmente numa altura em que o país vive um período de forte agitação social devido à reforma das pensões.
Na entrevista, Marlène Schiappa defende o direito das mulheres fazerem "exatamente o que quiserem", garante "ser direta" e diz-se orgulhosa de ter escrito literatura erótica. Revela ainda que foi vítima de comportamentos inadequados por parte de alguns homens.
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