Uso De Fogos De Artifício Nos Estádios Vai Ser Punido Com Pena De Prisão Até Cinco Anos



O Governo trabalhou num diploma, denominado Regime Jurídico dos Explosivos e Substâncias Perigosas, que inclui a criminalização do uso e deflagração de engenhos pirotécnicos em recintos desportivos, indicou esta segunda-feira à Lusa fonte do Ministério da Administração Interna (MAI).

Esse diploma inclui um capítulo sobre a responsabilidade criminal e contraordenacional, bem como uma secção relativa à responsabilidade criminal e crimes de perigo comum.


O novo quadro propõe uma pena de prisão até cinco anos, ou pena de multa até 600 dias, para quem "transportar, detiver, usar, distribuir ou for portador de explosivos, artigos ou engenhos" definidos no mesmo diploma, fazendo-o em "recintos desportivos ou na deslocação de ou para os mesmos aquando da realização de espetáculo desportivo".


O diploma dispõe como artigos proibidos engenhos explosivos improvisados ou "artigos de pirotecnia", o que inclui qualquer engenho que tenha substâncias explosivas ou "uma mistura explosiva de substâncias concebidos para produzir um efeito calorífico, luminoso, sonoro, gasoso ou fumígeno, ou uma combinação destes efeitos", o que inclui os populares 'very lights'.


No sábado, no jogo entre Sporting e Casa Pia (3-1), da 10.ª jornada da I Liga de futebol, as claques afetas ao Sporting deflagraram fogo-de-artifício atrás da baliza de Adán, nos minutos iniciais da partida.


O assunto está na ordem do dia depois de o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, ter anunciado, na quinta-feira, esta recriminalização da pirotecnia em recintos desportivos.


A situação tornou-se mais visível depois da carga policial sobre adeptos 'leoninos', que terá começado por causa da deflagração de objetos pirotécnicos.