Os transportadores semi-colectivos de passageiros, vulgo chapa 100, voltaram a paralisar as suas actividades, esta segunda-feira, na cidade da Beira, como forma de pressionar as autoridades a autorizar a entrada em vigor das novas tarifas aprovadas há cerca de um mês.
Este facto acontece 40 dias depois de uma outra paralisação. A primeira paralisação, de um dia, visava forçar as autoridades municipais a aprovarem uma nova tarifa, cuja proposta dos transportadores era um aumento de cinco meticais em cada 10 quilómetros. No dia 16 de Junho passado, a Assembleia Municipal da Beira aprovou a proposta dos transportadores, mas ainda não foi autorizada a entrada em vigor.
A greve dos “chapeiros” obrigou os munícipes a caminharem a pé vários quilómetros e a apinharem-se nos transportes municipais da Beira, ou ainda a recorrerem a carros de caixa aberta e táxis motas para chegarem aos seus destinos.
A Associação dos Transportadores da Beira (ATABE) alega que a deficiente comunicação entre a sua agremiação e a edilidade é a causa da paralisação.
Américo Massicuane garantiu que a paralisação vai continuar até na próxima quarta-feira, dia agendado para um encontro entre os transportadores, o Município da Beira e o Ministério dos Transportes e Comunicações.
A edilidade garantiu que se irá pronunciar sobre este assunto esta terça-feira.
A Polícia da República de Moçambique reforçou a sua presença em todas as principais paragens da Beira, com vista a garantir a ordem e segurança, tendo em conta que em paralisações anteriores houve situações de violência protagonizada por alguns motoristas e cobradores contra todos aqueles que transportavam os passageiros, mesmo usando as suas viaturas particulares.
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