O Ministro Da Defesa Nacional De Moçambique Acha "Não Credível" Reagrupamento Da Junta Militar Da Renamo



Não temos nenhuma informação credível que nos dá a indicação de que há um novo líder da Junta Militar", afirmou Cristóvão Chume, citado hoje pelo jornal Notícias, o principal diário do país.


Chume avançou que "tudo o que possa dizer sobre isso são especulações ou informações que visam perturbar a zona centro" do país.


Grande parte das forças residuais da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), incluindo alguns membros da Junta Militar, aderiu ao processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR), acrescentou.


O ministro afirmou que a adesão ao DDR mostra que os membros da dissidência armada do principal partido da oposição não têm disposição para "ressuscitarem" a Junta Militar.


As declarações daquele governante contrariam o anúncio feito em fevereiro pelo Diretor de Operações no Ministério da Defesa, Chongo Vidigal, que disse na altura que a Junta Militar nomeou um novo líder, depois da morte em combate do seu chefe, Mariano Nhongo, e que continua ativo.


"A última informação que temos é de que recentemente houve eleições internas e foram nomeados novos dirigentes da Junta Militar. Quer dizer que este grupo, para todos os efeitos, continua" ativo, referiu o brigadeiro Chongo Vidigal.


Vidigal afirmou que as eleições decorreram na serra da Gorongosa, centro de Moçambique, apesar do silêncio a que o grupo se remeteu depois de o líder, Mariano Nhongo, ter sido abatido numa troca de tiros com forças policiais em outubro de 2021.


"Depois da morte do líder da Junta Militar, Mariano Nhongo, o quadro da situação alterou-se profundamente, mas não quer dizer que tenha terminado: quando se elimina um líder não quer dizer que a força deixou de existir", acrescentou. (LUSA)