O aviso é do Director-geral adjunto do Instituto Nacional de Saúde, Eduardo Samo Gudo, que diz que, neste momento, a batalha é atrasar essa vaga e achatar cada vez mais as infecções, numa altura em que a evolução dos números da pandemia, em Moçambique, são animadores. A alta de infecções pelo novo Coronavírus está controlada em todos os indicadores.
Entretanto, Eduardo Samo Gudo que falava durante o programa Noite Informativa da STV Notícias, esta quarta-feira após a comunicação do Presidente da República, alertou para o pior, nos próximos dias, e explicou por que motivo há limitações, em vários sectores, no país.
“Relaxar todas as medidas pode levar a uma ré-aceleração dos casos, pode antecipar a terceira vaga, e uma terceira vaga mais severa, pode conduzir a um ré-encerramento das escolas, ré-encerramento das actividades económicas já reabertas, mas precoces com o agravamento no contexto socioeconómico”.
Ainda assim, com as medidas tomadas a terceira vaga é inevitável, apesar de não se saber efectivamente para quando se espera e qual será a sua magnitude, o objectivo agora é atrasar a sua vinda.
“Os dados mostram que o intervalo entre as vagas é de cerca de dois meses e meio e três meses, se olharmos para os nossos números já temos quatro semanas que a segunda vaga terminou e, por esta lógica, estamos a dizer que teríamos cerca de dois meses para que uma terceira vaga possa iniciar”, avançou.
A fonte acrescentou que a cautela e o gradualismo para o relaxamento total das medidas de prevenção da COVID-19, vai fazer com que a transição para o “novo normal” aconteça com níveis baixos de infecção, o que significa que o nível baixo de transmissão por períodos longos vai atrasar a vinda da terceira vaga.
O dirigente sublinhou, ainda, que mesmo com o alívio de algumas medidas os moçambicanos devem tomar cautela.
Sem comentários:
Enviar um comentário