Arrancou, ontem, a imunização contra COVID-19 dos atletas do Moçambola. A vacinação vai decorrer até amanhã no Comité Olímpico. Além dos intervenientes do Moçambola, serão vacinados todos atletas que vão participar dos campeonatos nacionais.
A 8 de Maio a bola volta rolar nos relvados nacionais. É o retorno do espetáculo de futebol que foi paralisado por três meses depois da disputa de apenas quatro jornadas devido ao crescente número de casos da COVID-19.
Ademais, o Presidente da República recebeu promessas de testes regulares por parte da Federação Moçambicana de Futebol que não passaram de simples propaganda. Aliás, foi por aquilo que Filipe Nyusi considerou de falta de seriedade que decidiu suspender a prova.
A Federação Moçambicana de Futebol, a Liga também da modalidade e a Secretaria do Estado de Desporto não desarmaram e exerciam pressão para que Filipe Nyusi cedesse. Bem antes da penúltima comunicação à Nação, a FMF, LMF, SED e vários desportistas reuniram com o número um da nação e pediram que cedesse, até porque estavam a vista compromissos internacionais. O jogo contra Cabo Verde para a qualificação ao CAN (que Moçambique perdeu por 0-1 no Zimpeto) foi usado como pretexto, mas Nyusi não recuou.
Na sua última comunicação, o chefe de Estado cedeu, mas impôs condições. Aliás, as que deu da primeira vez que, no entanto, não foram cumpridas: realização de testes regulares (feitos apenas uma vez) e ausência do público nos recintos desportivos.
Para evitar um “back”, a Secretaria do Estado do Desporto envidou esforços e os artistas da bola estão desde terça-feira a ser imunizados contra COVID-19.
“Temos expectativa de que as coisas vão correr da melhor forma. Além da cidade de Maputo, a vacinação está a decorrer noutras províncias onde há equipas que disputam o Moçambola. Este é um processo que abrange todos atletas que vão participar dos campeonatos nacionais, mas a prioridade vai para o Moçambola que começa a 8 de Maio”, disse Francisco da Conceição, director nacional do Desporto de Rendimento.
A vacinação decorre sob orientação do sector da Saúde, que na cidade de Maputo garante estar tudo acutelado para que o processo seja eficaz. Aliás, muitas pessoas têm receado os efeitos colaterais da vacina, o que para o sector não pode constituir preocupação.
“Temos pessoas que farão a vacinação e temos igualmente as que vão acompanhar possíveis casos de efeitos colaterais”, garante a directora da Saúde da cidade de Maputo, Bélia Nhambire ao dissipar quaisquer rumores sobre os efeitos da imunização.
“Segundo os fabricantes da vacina, os efeitos colaterais são bastante irrisórios e são normais como os de qualquer vacina”.
A imunização poderá garantir o retorno seguro das restantes 22 jornadas do Moçambola.
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